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03/08/2006
-
12h03
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, acusado de liderar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias, ampliou nesta quinta-feira as acusações contra 92 parlamentares já citados no esquema, acrescentou provas contra outros que receberam propina em dinheiro e citou dois novos deputados como participantes da máfia das ambulâncias.
Luiz Antônio é sócio de Darci Vedoin na Planam, empresa suspeita de pagar propina para os parlamentares apresentarem emendas ao Orçamento propondo a compra de ambulâncias para prefeituras.
Os dois novos parlamentares citados, de acordo com o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), não estavam nas listas já em posse da CPI e deverão ser notificados após a divulgação do primeiro relatório da comissão, prevista para a próxima semana, juntamente com outros dois cuja participação foi descoberta nesta semana --Philemon Rodrigues (PTB-PB) e Salvador Zimbaldi (PSB-SP).
Jungmann disse ainda que, com o depoimento de Luiz Antônio, a situação dos senadores investigados, sem precisar nomes, se agravou. Três senadores estão supostamente envolvidos no esquema --Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Eles negam e já apresentaram defesa à CPI.
O empresário apresentou ainda o nome de testemunhas que podem comprovar que parlamentares receberam dinheiro vivo como pagamento de propina. Como não havia comprovante destes depósitos, a CPI considerava difícil punir estes congressistas.
Ainda segundo relato de Luiz Antônio à CPI, os parlamentares que acusavam os assessores de receber, por conta própria, dinheiro da máfia dos sanguessugas, agiam com o conhecimento dos congressistas.
O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), classificou o depoimento do empresário como elucidativo, detalhado, firme e verossímil.
Luiz Antônio deveria depor ontem na sede da Polícia Federal em Brasília, mas não compareceu.
O juiz Jefferson Schneider, da Justiça Federal de Cuiabá, no Mato Grosso, determinou que Luiz Antônio comparecesse ao depoimento de hoje sob pena de voltar a ser preso. Ele está solto após se beneficiar da delação premiada.
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da Folha Online, em Brasília
Em depoimento à CPI dos Sanguessugas, o empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, acusado de liderar o esquema de compra superfaturada de ambulâncias, ampliou nesta quinta-feira as acusações contra 92 parlamentares já citados no esquema, acrescentou provas contra outros que receberam propina em dinheiro e citou dois novos deputados como participantes da máfia das ambulâncias.
Luiz Antônio é sócio de Darci Vedoin na Planam, empresa suspeita de pagar propina para os parlamentares apresentarem emendas ao Orçamento propondo a compra de ambulâncias para prefeituras.
Os dois novos parlamentares citados, de acordo com o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), não estavam nas listas já em posse da CPI e deverão ser notificados após a divulgação do primeiro relatório da comissão, prevista para a próxima semana, juntamente com outros dois cuja participação foi descoberta nesta semana --Philemon Rodrigues (PTB-PB) e Salvador Zimbaldi (PSB-SP).
Jungmann disse ainda que, com o depoimento de Luiz Antônio, a situação dos senadores investigados, sem precisar nomes, se agravou. Três senadores estão supostamente envolvidos no esquema --Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Eles negam e já apresentaram defesa à CPI.
O empresário apresentou ainda o nome de testemunhas que podem comprovar que parlamentares receberam dinheiro vivo como pagamento de propina. Como não havia comprovante destes depósitos, a CPI considerava difícil punir estes congressistas.
Ainda segundo relato de Luiz Antônio à CPI, os parlamentares que acusavam os assessores de receber, por conta própria, dinheiro da máfia dos sanguessugas, agiam com o conhecimento dos congressistas.
O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), classificou o depoimento do empresário como elucidativo, detalhado, firme e verossímil.
Luiz Antônio deveria depor ontem na sede da Polícia Federal em Brasília, mas não compareceu.
O juiz Jefferson Schneider, da Justiça Federal de Cuiabá, no Mato Grosso, determinou que Luiz Antônio comparecesse ao depoimento de hoje sob pena de voltar a ser preso. Ele está solto após se beneficiar da delação premiada.
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