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24/11/2006
-
15h04
FELIPE NEVES
da Folha Online
O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, mandou um recado nesta sexta-feira às legendas que disputam cargos no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, "nenhum partido será dono do governo".
Tarso afirmou ainda que não existe nenhuma intenção de diminuir o espaço do PT no segundo mandato. Para ele, a "enorme bancada" do partido fará com que o PT continue tendo uma presença importante no governo.
Questionado sobre sua permanência no governo, Tarso evitou polemizar. "Não tenho a mínima idéia e não estou preocupado com isso."
O ministro também confirmou a intenção de Lula de buscar um diálogo tanto com a oposição quanto com os ex-presidentes. Ele chegou até a elogiar Fernando Henrique Cardoso ao dizer que a sua eleição marcou a consolidação da democracia no país.
"Eu disse e confirmo que a partir da eleição do Fernando Henrique a qualidade da vida republicana no Brasil mudou. A democracia se consolidou. Isso diz respeito não a um presidente em particular, mas ao ciclo político que nós vivemos", afirmou o ministro.
Sobre o diálogo com a oposição, Tarso voltou a ironizar o "ressentimento" de algumas lideranças, mas defendeu que aceitar conversar "não tira as características da oposição nem seu dever republicano de ser uma força política de fiscalização".
Em sua opinião, o diálogo com a oposição será necessário para que o Brasil resolva "tarefas universais, que seriam a reforma política e a agenda do crescimento".
PSDB
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), sinalizou ontem à noite que, apesar dos "acenos" do presidente Lula, o diálogo com o PSDB será difícil.
Segundo ele, os governadores do PSDB têm o dever de conversar com o presidente, mas não a obrigação. "Eu não tenho esse dever, eu não sou governador."
Tasso afirmou que um possível diálogo com Lula ocorreria de forma institucional, a partir de uma "pauta" e não confirmou se aceitaria um convite para o ir ao Planalto.
"A mim, ele ainda não chamou. No dia em que ele chamar, nós vamos discutir. Em princípio, nossa posição é: oposição dentro do contexto de civilidade", respondeu ele.
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Tarso diz que nenhum partido será dono do governo e que PT terá seu espaço
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O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, mandou um recado nesta sexta-feira às legendas que disputam cargos no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, "nenhum partido será dono do governo".
Tarso afirmou ainda que não existe nenhuma intenção de diminuir o espaço do PT no segundo mandato. Para ele, a "enorme bancada" do partido fará com que o PT continue tendo uma presença importante no governo.
Questionado sobre sua permanência no governo, Tarso evitou polemizar. "Não tenho a mínima idéia e não estou preocupado com isso."
O ministro também confirmou a intenção de Lula de buscar um diálogo tanto com a oposição quanto com os ex-presidentes. Ele chegou até a elogiar Fernando Henrique Cardoso ao dizer que a sua eleição marcou a consolidação da democracia no país.
"Eu disse e confirmo que a partir da eleição do Fernando Henrique a qualidade da vida republicana no Brasil mudou. A democracia se consolidou. Isso diz respeito não a um presidente em particular, mas ao ciclo político que nós vivemos", afirmou o ministro.
Sobre o diálogo com a oposição, Tarso voltou a ironizar o "ressentimento" de algumas lideranças, mas defendeu que aceitar conversar "não tira as características da oposição nem seu dever republicano de ser uma força política de fiscalização".
Em sua opinião, o diálogo com a oposição será necessário para que o Brasil resolva "tarefas universais, que seriam a reforma política e a agenda do crescimento".
PSDB
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), sinalizou ontem à noite que, apesar dos "acenos" do presidente Lula, o diálogo com o PSDB será difícil.
Segundo ele, os governadores do PSDB têm o dever de conversar com o presidente, mas não a obrigação. "Eu não tenho esse dever, eu não sou governador."
Tasso afirmou que um possível diálogo com Lula ocorreria de forma institucional, a partir de uma "pauta" e não confirmou se aceitaria um convite para o ir ao Planalto.
"A mim, ele ainda não chamou. No dia em que ele chamar, nós vamos discutir. Em princípio, nossa posição é: oposição dentro do contexto de civilidade", respondeu ele.
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