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27/11/2006
-
18h35
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Na véspera do encontro do presidente do Luiz Inácio Lula da Silva com o PDT, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu que o partido se mantenha na oposição ao governo federal no segundo mandato de Lula. Cristovam se reuniu nesta segunda-feira com o presidente do partido, Carlos Lupi, e defendeu independência para o PDT nos próximos quatro anos.
"A minha posição pessoal é que a gente deveria caminhar por fora, ser a oposição propositiva pela esquerda no Brasil. Mas disse que se o PDT decidir fazer parte [da coalizão], eu continuo dentro do PDT. Se os outros dirigentes do PDT forem convencidos [pelo presidente], eu ficarei junto com eles", afirmou.
Cristovam não vai ao Palácio do Planalto se reunir com Lula nesta terça-feira. O partido será representado por Lupi, Miro Teixeira (líder do PDT na Câmara), Osmar Dias (líder do PDT no Senado) e Manoel Dias (secretário-geral do partido).
O senador negou, no entanto, que a ausência se justifique pela sua posição contrária à entrada do PDT na base de apoio do governo.
"Não sou líder nem presidente do partido. Mas acho difícil o presidente Lula apresentar propostas de mudanças no governo. É contraditório com os quatro anos que ele fechou a Secretaria para Erradicação do Analfabetismo, não deu importância para a educação", afirmou.
Sem preconceito
O presidente do PDT afirmou que a legenda está disposta a ouvir as propostas de Lula e depois definir, em reunião da Executiva Nacional do partido, se integra a coalizão política proposta pelo petista.
"Vamos ouvir o que ele propõe para o Brasil nos próximos quatro anos com uma única certeza: nós não temos preconceito. Mas temos linha de coerência da qual não abrimos mão, que é a defesa da educação para todo o povo brasileiro com prioridade para o direito dos trabalhadores e dos nossos aposentados e pensionistas", afirmou.
Lupi disse que o PDT não vai negociar cargos com o governo, mas está aberto ao diálogo. "Pode ter apoio sem participação no governo: apoiar o que é bom para o país e votar contra o que não for conveniente. Depende muito de como ele vê o PDT nessa coalizão", disse.
Oposição
O presidente do PDT criticou a proposta de Lula de não haver oposição no país até 2010. "A democracia compreende dois lados, se não compreender, não é democracia. A coalizão haverá entre parte da sociedade que pode apostar no futuro governo. Mas não acredito na possibilidade de não haver oposição porque isso é fora da realidade do Brasil de hoje", encerrou.
Segundo Lupi, depois das negociações com Lula o partido vai bater o martelo sobre a entrada na base de apoio ao governo.
"O muro nunca foi o nosso lado preferido da história, somos marcados por ter um lado. Não tememos ter posição e teremos posição ouvindo as instâncias competentes", afirmou.
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da Folha Online, em Brasília
Na véspera do encontro do presidente do Luiz Inácio Lula da Silva com o PDT, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) defendeu que o partido se mantenha na oposição ao governo federal no segundo mandato de Lula. Cristovam se reuniu nesta segunda-feira com o presidente do partido, Carlos Lupi, e defendeu independência para o PDT nos próximos quatro anos.
"A minha posição pessoal é que a gente deveria caminhar por fora, ser a oposição propositiva pela esquerda no Brasil. Mas disse que se o PDT decidir fazer parte [da coalizão], eu continuo dentro do PDT. Se os outros dirigentes do PDT forem convencidos [pelo presidente], eu ficarei junto com eles", afirmou.
Cristovam não vai ao Palácio do Planalto se reunir com Lula nesta terça-feira. O partido será representado por Lupi, Miro Teixeira (líder do PDT na Câmara), Osmar Dias (líder do PDT no Senado) e Manoel Dias (secretário-geral do partido).
O senador negou, no entanto, que a ausência se justifique pela sua posição contrária à entrada do PDT na base de apoio do governo.
"Não sou líder nem presidente do partido. Mas acho difícil o presidente Lula apresentar propostas de mudanças no governo. É contraditório com os quatro anos que ele fechou a Secretaria para Erradicação do Analfabetismo, não deu importância para a educação", afirmou.
Sem preconceito
O presidente do PDT afirmou que a legenda está disposta a ouvir as propostas de Lula e depois definir, em reunião da Executiva Nacional do partido, se integra a coalizão política proposta pelo petista.
"Vamos ouvir o que ele propõe para o Brasil nos próximos quatro anos com uma única certeza: nós não temos preconceito. Mas temos linha de coerência da qual não abrimos mão, que é a defesa da educação para todo o povo brasileiro com prioridade para o direito dos trabalhadores e dos nossos aposentados e pensionistas", afirmou.
Lupi disse que o PDT não vai negociar cargos com o governo, mas está aberto ao diálogo. "Pode ter apoio sem participação no governo: apoiar o que é bom para o país e votar contra o que não for conveniente. Depende muito de como ele vê o PDT nessa coalizão", disse.
Oposição
O presidente do PDT criticou a proposta de Lula de não haver oposição no país até 2010. "A democracia compreende dois lados, se não compreender, não é democracia. A coalizão haverá entre parte da sociedade que pode apostar no futuro governo. Mas não acredito na possibilidade de não haver oposição porque isso é fora da realidade do Brasil de hoje", encerrou.
Segundo Lupi, depois das negociações com Lula o partido vai bater o martelo sobre a entrada na base de apoio ao governo.
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