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28/11/2006
-
13h26
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Os três senadores --Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES)-- acusados de envolvimento com a máfia sanguessuga escaparam nesta terça-feira do processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. O Conselho de Ética aprovou somente uma advertência verbal a Suassuna.
Para Serys e Malta, os relatores pediram o arquivamento do processo que havia contra eles por falta de provas.
A advertência a Suassuna --proposta pelo voto em separado do senador Wellington Salgado (PMDB-MG)-- deve ser lida na próxima sessão do Senado. O relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que pedia a cassação de Suassuna, nem chegou a ser lido, já que o Conselho deu preferência na votação para o voto em separado de Salgado.
Os relatores dos processos contra Serys e Malta, Paulo Octávio (PFL-DF) e Demóstenes Torres (PFL-GO), respectivamente, pediram o arquivamento dos casos.
Serys chorou durante a sessão, mas não quis comentar o resultado da votação no Conselho de Ética.
O tucano Antero Paes de Barros (MT), tradicional adversário de Serys --chegou a disputar o governo do Estado com ela neste ano-- também votou pela absolvição da senadora. Ele disse que não se deixaria levar pela condição de adversário diante da falta de provas contra Serys.
"Conheço a senadora, não concordo com ela em muitos pontos, mas apesar de sermos adversários, voto pela absolvição", afirmou ele.
Para Paulo Octávio, não havia evidências da participação da senadora no esquema de desvio de emendas do Orçamento para a compra superfaturada de ambulâncias.
"Não foi constatado ato incompatível com o decoro parlamentar e não foi encontrada nenhuma evidência de que o genro da senadora estava autorizado a falar em seu nome", disse o relator.
No relatório contra Malta, Demóstenes chegou a citar personagens do livro "Dom Casmurro", de Machado de Assis. "Como Bentinho, tenho acompanhado o caso intrigante, que postumamente a Machado, rendeu diversas versões, muitas convincentes, mas não posso afirmar, com 100% de certeza, que Capitu fraquejou e foi dar em praias escobarianas", disse o senador.
No romance, Machado levanta a suspeita de que Capitu traiu o personagem Bentinho com seu melhor amigo Escobar.
Acusação
No relatório, Peres disse não ter encontrado provas do envolvimento direto de Suassuna na quadrilha sanguessuga.
Mesmo assim, ele pedia a cassação de Suassuna por condescendência criminosa pelo suposto envolvimento de seu ex-assessor Marcelo de Carvalho com a máfia dos sanguessugas. Carvalho foi acusado de receber R$ 225 mil em propina dos Vedoin.
Serys teve seu nome envolvido por Vedoin, que acusou o genro dela, Paulo Roberto Ribeiro, de ter recebido R$ 35 mil como suposta propina que teria sido repassada à senadora.
Já Malta foi acusado pela família Vedoin de ter recebido uma van Fiat Ducato como parte do pagamento de propina pela apresentação e liberação de uma emenda parlamentar para aquisição de ambulâncias.
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da Folha Online, em Brasília
Os três senadores --Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES)-- acusados de envolvimento com a máfia sanguessuga escaparam nesta terça-feira do processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. O Conselho de Ética aprovou somente uma advertência verbal a Suassuna.
Para Serys e Malta, os relatores pediram o arquivamento do processo que havia contra eles por falta de provas.
A advertência a Suassuna --proposta pelo voto em separado do senador Wellington Salgado (PMDB-MG)-- deve ser lida na próxima sessão do Senado. O relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que pedia a cassação de Suassuna, nem chegou a ser lido, já que o Conselho deu preferência na votação para o voto em separado de Salgado.
Os relatores dos processos contra Serys e Malta, Paulo Octávio (PFL-DF) e Demóstenes Torres (PFL-GO), respectivamente, pediram o arquivamento dos casos.
Serys chorou durante a sessão, mas não quis comentar o resultado da votação no Conselho de Ética.
O tucano Antero Paes de Barros (MT), tradicional adversário de Serys --chegou a disputar o governo do Estado com ela neste ano-- também votou pela absolvição da senadora. Ele disse que não se deixaria levar pela condição de adversário diante da falta de provas contra Serys.
"Conheço a senadora, não concordo com ela em muitos pontos, mas apesar de sermos adversários, voto pela absolvição", afirmou ele.
Para Paulo Octávio, não havia evidências da participação da senadora no esquema de desvio de emendas do Orçamento para a compra superfaturada de ambulâncias.
"Não foi constatado ato incompatível com o decoro parlamentar e não foi encontrada nenhuma evidência de que o genro da senadora estava autorizado a falar em seu nome", disse o relator.
No relatório contra Malta, Demóstenes chegou a citar personagens do livro "Dom Casmurro", de Machado de Assis. "Como Bentinho, tenho acompanhado o caso intrigante, que postumamente a Machado, rendeu diversas versões, muitas convincentes, mas não posso afirmar, com 100% de certeza, que Capitu fraquejou e foi dar em praias escobarianas", disse o senador.
No romance, Machado levanta a suspeita de que Capitu traiu o personagem Bentinho com seu melhor amigo Escobar.
Acusação
No relatório, Peres disse não ter encontrado provas do envolvimento direto de Suassuna na quadrilha sanguessuga.
Mesmo assim, ele pedia a cassação de Suassuna por condescendência criminosa pelo suposto envolvimento de seu ex-assessor Marcelo de Carvalho com a máfia dos sanguessugas. Carvalho foi acusado de receber R$ 225 mil em propina dos Vedoin.
Serys teve seu nome envolvido por Vedoin, que acusou o genro dela, Paulo Roberto Ribeiro, de ter recebido R$ 35 mil como suposta propina que teria sido repassada à senadora.
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