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19/04/2007
-
21h54
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Na tentativa de melhorar o diálogo com os partidos de oposição em seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira no Palácio do Planalto o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
No encontro, o tucano manifestou sua intenção de dialogar com o governo federal sem embates diretos entre base aliada e a oposição --num sinal de que o PSDB vai manter o tom ameno de críticas ao governo no segundo mandato de Lula.
"O encontro demonstra um momento de maturidade na democracia do país. A relação civilizada e de diálogo entre oposição e governo não deveria ser motivo de surpresas. Fazer oposição não é xingar, gritar, ameaçar. É estar contra no momento certo", disse Tasso.
Apesar de amenizar as críticas ao governo, o presidente do PSDB disse que a oposição "não vai recuar nenhum milímetro" na defesa de seus interesses no Congresso. "Toda oposição que tiver que ser feita, será feita", afirmou.
Lula fez elogios ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no encontro com Tasso. Reconheceu que mantém boas relações com governadores tucanos, especialmente José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
Mas não sinalizou que pretenda receber FHC para abrir o diálogo com o ex-presidente. Há cerca de 15 dias, Lula recebeu no Planalto o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), outro representante da oposição.
CPI do Apagão
O encontro entre Lula e Tasso durou cerca de uma hora e meia. O tucano garante que o presidente não colocou a criação da CPI do Apagão Aéreo no Senado em pauta. Mas deixou escapar que Lula disse respeitar a decisão dos partidos de oposição de investigarem a crise aérea do país.
"Ele disse que respeita a nossa posição de instalar a CPI. Ele fez essa observação no final do encontro", disse Tasso.
Segundo o presidente do PSDB, a CPI poderá ser o primeiro palco para o fim da "lula de mel" entre o governo e o PSDB. "O diálogo com a oposição não está acirrado. O governo tem este ano levado uma vida tranqüila. Agora vai ficar mais quente com a CPI", afirmou.
O senador disse que o governo já percebeu que a instalação da CPI do Apagão no Senado será inevitável. "A percepção é essa. A CPI é absolutamente inevitável, não há nenhuma possibilidade de retrocesso."
Reforma política
Lula reiterou a Tasso a sua defesa da aprovação da reforma política no Congresso. O presidente disse que vai apresentar à oposição a proposta do governo --com os principais pontos da reforma-- para que os oposicionistas analisem os prós e contras. "Vamos analisar o que temos em concordância", disse.
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da Folha Online, em Brasília
Na tentativa de melhorar o diálogo com os partidos de oposição em seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira no Palácio do Planalto o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).
No encontro, o tucano manifestou sua intenção de dialogar com o governo federal sem embates diretos entre base aliada e a oposição --num sinal de que o PSDB vai manter o tom ameno de críticas ao governo no segundo mandato de Lula.
"O encontro demonstra um momento de maturidade na democracia do país. A relação civilizada e de diálogo entre oposição e governo não deveria ser motivo de surpresas. Fazer oposição não é xingar, gritar, ameaçar. É estar contra no momento certo", disse Tasso.
Apesar de amenizar as críticas ao governo, o presidente do PSDB disse que a oposição "não vai recuar nenhum milímetro" na defesa de seus interesses no Congresso. "Toda oposição que tiver que ser feita, será feita", afirmou.
Lula fez elogios ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no encontro com Tasso. Reconheceu que mantém boas relações com governadores tucanos, especialmente José Serra (SP) e Aécio Neves (MG).
Mas não sinalizou que pretenda receber FHC para abrir o diálogo com o ex-presidente. Há cerca de 15 dias, Lula recebeu no Planalto o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), outro representante da oposição.
CPI do Apagão
O encontro entre Lula e Tasso durou cerca de uma hora e meia. O tucano garante que o presidente não colocou a criação da CPI do Apagão Aéreo no Senado em pauta. Mas deixou escapar que Lula disse respeitar a decisão dos partidos de oposição de investigarem a crise aérea do país.
"Ele disse que respeita a nossa posição de instalar a CPI. Ele fez essa observação no final do encontro", disse Tasso.
Segundo o presidente do PSDB, a CPI poderá ser o primeiro palco para o fim da "lula de mel" entre o governo e o PSDB. "O diálogo com a oposição não está acirrado. O governo tem este ano levado uma vida tranqüila. Agora vai ficar mais quente com a CPI", afirmou.
O senador disse que o governo já percebeu que a instalação da CPI do Apagão no Senado será inevitável. "A percepção é essa. A CPI é absolutamente inevitável, não há nenhuma possibilidade de retrocesso."
Reforma política
Lula reiterou a Tasso a sua defesa da aprovação da reforma política no Congresso. O presidente disse que vai apresentar à oposição a proposta do governo --com os principais pontos da reforma-- para que os oposicionistas analisem os prós e contras. "Vamos analisar o que temos em concordância", disse.
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