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29/10/2003
-
14h01
da Folha Online
A maior corrente de vento solar dos últimos 30 anos atingiu a Terra hoje, numa enorme tempestade geomagnética. As cargas de íons atingiram o planeta por volta das 5h (horário de Brasília), e a velocidade do vento foi superior à prevista --chegou a cerca de 8 milhões de km/h. Inicialmente, as agências espaciais esperavam a chegada da tempestade por volta das 16h desta quarta-feira.
"É a maior tempestade que vimos nos últimos 30 anos", disse Leon Golub, astrofísico do Harvard Smithsonian, à edição eletrônica da revista "New Scientist". O site Spaceweather.com lista a erupção solar como a terceira maior já medida até hoje.
A boa notícia, de acordo com Paal Brekke, um dos cientistas responsáveis pelo telescópio Soho, da Nasa, é que os efeitos causados pelo impacto da tempestade aparentemente perderam força rapidamente.
Isso aconteceu provavelmente porque as partículas continham um componente magnético direcionado para o norte, explica Brekke. "Se o campo magnético fosse apontado para o sul, ela teria interagido muito mais violentamente com a esfera magnética da Terra. Assim, podemos dizer que tivemos sorte."
A notícia do fraco reflexo sobre o planeta deve aliviar os operadores de satélites e energia, que já se preparavam para a tempestade. Isso porque seus íons podem afetar redes de transmissão elétrica, comunicação entre satélites e telefones celulares e sistemas de navegação eletrônica, como o GPS (Sistema de Posicionamento Global).
A explosão das "labaredas" --erupções solares-- foi tão forte que conseguiu sobrecarregar o detector do telescópio Soho.
Previsão do tempo
Duas manchas e uma série de ventos solares haviam sido detectados na semana passada, e essa tempestade mais intensa era esperada pelos especialistas.
Para prever essas tempestades magnéticas, os cientistas observam o comportamento da superfície do Sol e procuram por erupções solares. Algum tempo depois da liberação de energia, quando as cargas de íons se aproximam da Terra, é possível captar ondas eletromagnéticas mais intensas.
Leia mais
Vento solar atinge a Terra; EUA prevêem mais erupções
Maior tempestade solar dos últimos 30 anos atinge a Terra
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A maior corrente de vento solar dos últimos 30 anos atingiu a Terra hoje, numa enorme tempestade geomagnética. As cargas de íons atingiram o planeta por volta das 5h (horário de Brasília), e a velocidade do vento foi superior à prevista --chegou a cerca de 8 milhões de km/h. Inicialmente, as agências espaciais esperavam a chegada da tempestade por volta das 16h desta quarta-feira.
"É a maior tempestade que vimos nos últimos 30 anos", disse Leon Golub, astrofísico do Harvard Smithsonian, à edição eletrônica da revista "New Scientist". O site Spaceweather.com lista a erupção solar como a terceira maior já medida até hoje.
A boa notícia, de acordo com Paal Brekke, um dos cientistas responsáveis pelo telescópio Soho, da Nasa, é que os efeitos causados pelo impacto da tempestade aparentemente perderam força rapidamente.
Divulgação/Nasa |
Telescópio Soho capta erupções; uma placa impede a visão do Sol para facilitar a análise de seu entorno |
Isso aconteceu provavelmente porque as partículas continham um componente magnético direcionado para o norte, explica Brekke. "Se o campo magnético fosse apontado para o sul, ela teria interagido muito mais violentamente com a esfera magnética da Terra. Assim, podemos dizer que tivemos sorte."
A notícia do fraco reflexo sobre o planeta deve aliviar os operadores de satélites e energia, que já se preparavam para a tempestade. Isso porque seus íons podem afetar redes de transmissão elétrica, comunicação entre satélites e telefones celulares e sistemas de navegação eletrônica, como o GPS (Sistema de Posicionamento Global).
A explosão das "labaredas" --erupções solares-- foi tão forte que conseguiu sobrecarregar o detector do telescópio Soho.
Previsão do tempo
Duas manchas e uma série de ventos solares haviam sido detectados na semana passada, e essa tempestade mais intensa era esperada pelos especialistas.
Para prever essas tempestades magnéticas, os cientistas observam o comportamento da superfície do Sol e procuram por erupções solares. Algum tempo depois da liberação de energia, quando as cargas de íons se aproximam da Terra, é possível captar ondas eletromagnéticas mais intensas.
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