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15/03/2007
-
15h01
da Efe, em Washington
O degelo no Ártico acelerou-se nas últimas décadas e pode causar uma sucessão de mudanças nas regiões temperadas do planeta, alertam estudos divulgados nesta quinta-feira pela revista "Science".
De acordo com a pesquisa, há quatro geleiras árticas cujo degelo ameaça aumentar o nível do mar. Esse degelo, segundo outro estudo, deve-se à poluição atmosférica.
Segundo Mark Serreze, cientista do Centro Nacional de Dados sobre a Neve e o Gelo na Universidade do Colorado, o desaparecimento do gelo nos mares árticos chegou a um momento "crítico", cujo impacto "não se limitará à região ártica".
Segundo Serreze, o acúmulo de gelo nos mares árticos foi negativa desde 1979, quando começaram a ser utilizados satélites para sua observação. O cientista acrescentou que, desde aquele ano, foi perdida uma média anual de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados de gelo como resultado do aumento da concentração dos gases que provocam o efeito estufa.
"O Ártico perde muito gelo nos meses do verão, e parece que também está gerando menos gelo no inverno", afirmou. E quando o gelo chega a um estado vulnerável, a situação chega a um ponto de desorganização tamanho que é possível que estejamos avançando rapidamente rumo a um Ártico sem gelo, acrescentou.
Serraze disse que, como o aumento das temperaturas registrado nas últimas décadas deve-se à emissão de gases estufa na atmosfera, a curto prazo não se pode prever um fim da diminuição do gelo nos mares árticos.
O cientista lembrou que, em geral, a perda de gelo é associada por muitas pessoas a seu efeito negativo sobre a fauna, especialmente sobre os ursos polares, e a sua responsabilidade para a erosão nas regiões litorâneas do Alasca e da Sibéria.
No entanto, afirmou, outros estudos também associam a perda de gelo a mudanças nos padrões atmosféricos que provocam aumento ou diminuição das precipitações nos Estados Unidos e na Europa.
Outro estudo publicado na "Science", realizado por cientistas da Universidade de Edimburgo e da University College de Londres, dá números mais precisos sobre o degelo. Este, aponta, é de 125.000 milhões de toneladas por ano.
Os cientistas Andrew Shepherd e Duncan Wingham afirmam que esse degelo é suficiente para aumentar o nível do mar em 0,35 milímetro por ano. Como prova, apresentam o caso de quatro geleiras antártidas cujo degelo foi detectado mediante observações por satélite e que constituem uma ameaça para os níveis marítimos.
Essas geleiras, no leste e no oeste da Antártida, provêm de bacias submarinas que fluem nos oceanos e são vulneráveis às mudanças de temperatura, afirmam.
Segundo relatório de cientistas da Universidade Pierre e Marie Curie, em Paris, também publicado pela "Science", o aquecimento global está ocorrendo cada vez com maior rapidez no norte do planeta, e se deve à crescente concentração de gases estufa. As fontes de poluição incluem as da região eurasiana, as emissões de navios e os incêndios florestais, apontam.
A publicação dos estudos coincidiu com uma reunião científica na cidade de Hannover, Estado americano de New Hampshire, para determinar o impacto do aquecimento global.
Segundo os cientistas, o aquecimento é maior em torno da linha do Equador, mas as mudanças que produz nessa altura são menos dramáticas que as que ocorrem nos pólos.
As conseqüências das mudanças climáticas, dizem, afetarão todos os habitantes do planeta, cada aspecto da vida humana, e ninguém poderá evitá-las.
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Degelo no Ártico acelera e pode aumentar mudanças no planeta
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O degelo no Ártico acelerou-se nas últimas décadas e pode causar uma sucessão de mudanças nas regiões temperadas do planeta, alertam estudos divulgados nesta quinta-feira pela revista "Science".
De acordo com a pesquisa, há quatro geleiras árticas cujo degelo ameaça aumentar o nível do mar. Esse degelo, segundo outro estudo, deve-se à poluição atmosférica.
Divulgação |
Degelo de quatro geleiras árticas ameaçam aumentar o nível do mar, diz estudo |
Segundo Serreze, o acúmulo de gelo nos mares árticos foi negativa desde 1979, quando começaram a ser utilizados satélites para sua observação. O cientista acrescentou que, desde aquele ano, foi perdida uma média anual de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados de gelo como resultado do aumento da concentração dos gases que provocam o efeito estufa.
"O Ártico perde muito gelo nos meses do verão, e parece que também está gerando menos gelo no inverno", afirmou. E quando o gelo chega a um estado vulnerável, a situação chega a um ponto de desorganização tamanho que é possível que estejamos avançando rapidamente rumo a um Ártico sem gelo, acrescentou.
Serraze disse que, como o aumento das temperaturas registrado nas últimas décadas deve-se à emissão de gases estufa na atmosfera, a curto prazo não se pode prever um fim da diminuição do gelo nos mares árticos.
Toni Pire/Folha Imagem |
Geleira na Antártida |
No entanto, afirmou, outros estudos também associam a perda de gelo a mudanças nos padrões atmosféricos que provocam aumento ou diminuição das precipitações nos Estados Unidos e na Europa.
Outro estudo publicado na "Science", realizado por cientistas da Universidade de Edimburgo e da University College de Londres, dá números mais precisos sobre o degelo. Este, aponta, é de 125.000 milhões de toneladas por ano.
Os cientistas Andrew Shepherd e Duncan Wingham afirmam que esse degelo é suficiente para aumentar o nível do mar em 0,35 milímetro por ano. Como prova, apresentam o caso de quatro geleiras antártidas cujo degelo foi detectado mediante observações por satélite e que constituem uma ameaça para os níveis marítimos.
Essas geleiras, no leste e no oeste da Antártida, provêm de bacias submarinas que fluem nos oceanos e são vulneráveis às mudanças de temperatura, afirmam.
Segundo relatório de cientistas da Universidade Pierre e Marie Curie, em Paris, também publicado pela "Science", o aquecimento global está ocorrendo cada vez com maior rapidez no norte do planeta, e se deve à crescente concentração de gases estufa. As fontes de poluição incluem as da região eurasiana, as emissões de navios e os incêndios florestais, apontam.
A publicação dos estudos coincidiu com uma reunião científica na cidade de Hannover, Estado americano de New Hampshire, para determinar o impacto do aquecimento global.
Segundo os cientistas, o aquecimento é maior em torno da linha do Equador, mas as mudanças que produz nessa altura são menos dramáticas que as que ocorrem nos pólos.
As conseqüências das mudanças climáticas, dizem, afetarão todos os habitantes do planeta, cada aspecto da vida humana, e ninguém poderá evitá-las.
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