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China pode autorizar o comércio de órgãos de tigres criados em cativeiro
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da Efe, em Pequim
A China pode terminar com o veto sobre o comércio de ossos e outros órgãos do tigre, anunciou um dirigente governamental citado hoje pelo jornal "China Daily". A medida, segundo os principais grupos ambientalistas internacionais, pode causar a extinção da espécie.
Reuters |
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Tigre descansa com filhote em cativeiro no Parque Florestal em Harbin, norte da China |
"A proibição não durará para sempre, considerando o que dizem os criadores de tigres, especialistas e a sociedade chinesa", disse Wang Wei, subdiretor do departamento de conservação da vida selvagem da Administração Estatal Florestal.
Na China, os ossos de tigre foram utilizados durante séculos para a medicina tradicional. O país aderiu em 1993 à proibição do comércio de órgãos do animal, estipulado pelos membros da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestre (Cites).
No entanto, nos últimos meses os principais parques de criação de tigres no país, entre eles o de Heilongjiang e Guangxi, pediram ao Governo que suavizasse a proibição. Eles sugeriram a comercialização dos ossos dos tigres criados em cativeiro. A medida, dizem, serviria para lutar contra o mercado ilegal.
Lu Jinbo/AP |
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Veto proíbe que medicina tradicional use os animais; possibilidade de medida cair preocupa |
"A criação e o comércio regulamentados poderiam, de fato, beneficiar a sobrevivência do tigre", disse Wang. Para ele as pessoas não se arriscariam a ser castigadas por caçar tigres selvagens, se fosse adotada a medida.
Segundo o dirigente, as pesquisas chinesas sugerem que o comércio com partes de tigres criados em cativeiro não afetará a conservação da espécie em liberdade.
Na China são 5 mil animais criados em cativeiro. O número é quase igual ao total em liberdade no mundo todo.
"Seria um desperdício não usar os recursos dos tigres mortos na medicina tradicional", afirmou Wang.
As grandes organizações ambientalistas --entre elas WWF, WildAid, Traffic e Projeto Tigre-- se opõem firmemente à medida.
Na semana passada, em sua reunião em Haia, na Holanda, os 171 países signatários de Cites, entre eles a China, adotaram uma resolução estabelecendo que os tigres não devem ser criados para a comercialização de seus órgãos e derivados.
A China é o único país do mundo que permite a criação em massa de tigres. São cerca de mil nascimentos por ano. O programa foi criticado em Haia por John Sellar, funcionário da Cites. Na sua opinião, a estratégia tem um potencial limitado de conservação.
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