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10/10/2004
-
15h06
da Folha Online
O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Mércio Pereira Gomes, lamentou neste domingo o assassinato de Apoena Meireles e afirmou que as investigações da polícia devem determinar se o sertanista foi morto em um crime comum ou se a morte foi "encomendada".
"Tem que esperar as investigações, ver o que foi isso, se foi uma dessas tragédias brasileiras de assalto à mão armada ou se tem uma implicação mais cruel e feroz relacionada com os cintas-largas", declarou Gomes.
Segundo ele, Meireles, 55, estava em uma missão para comunicar aos índios cintas-largas a decisão do governo federal de fechar o garimpo em suas terras e de buscar uma nova legislação sobre a mineração na região. A área ocupada pelos índios cintas-largas em Rondônia é rica em minerais como cassiterita, ouro e diamante.
O presidente da Funai informou que o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, estão se empenhando para agilizar as investigações.
O sertanista Apoena Meireles foi morto na noite deste sábado durante um suposto assalto em uma agência bancária de Porto Velho (RO).
A assessoria da Funai informou que uma funcionária da entidade estava presente no momento do crime e que um rapaz, aparentando 18 anos, se aproximou dos dois no caixa eletrônico de um banco e anunciou o assalto.
Segundo ela, Meireles colocou o dinheiro na carteira e recebeu um disparo no peito ao dar um passo em direção ao assaltante. Depois da fuga do criminoso, o sertanista o teria perseguido, recebendo então um segundo tiro no abdômen. Apoena Meireles morreu antes de chegar ao hospital.
De acordo com a Funai, a polícia fez um retrato falado do assaltante e está em busca do assassino em um trabalho conjunto com a Polícia Federal.
Apoena Meireles era filho do também sertanista Francisco Meirelles. Ele nasceu numa aldeia Xavante em Pimentel Barbosa (MT) e desde cedo acompanhava o pai nas frentes de trabalho nas aldeias. Seu nome Apoena foi uma homenagem a um famoso líder xavante.
Autor de um projeto de descentralização da Funai, ocupou a presidência da fundação durante o período de novembro de 1985 a maio de 1986.
Meireles esteve com dezenas de povos indígenas no Brasil e havia se aposentado na Funai, mas foi convidado a voltar ao trabalho e ocupava o cargo de coordenador da região de Rondônia, onde possuía contatos com os povos Uruí, Soro e especificamente os cintas-largas de Rondônia e da reserva de Apurinã, que fica no Mato Grosso.
Com Agência Brasil
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Polícia investiga se morte de Apoena Meireles foi "encomendada"
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O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Mércio Pereira Gomes, lamentou neste domingo o assassinato de Apoena Meireles e afirmou que as investigações da polícia devem determinar se o sertanista foi morto em um crime comum ou se a morte foi "encomendada".
"Tem que esperar as investigações, ver o que foi isso, se foi uma dessas tragédias brasileiras de assalto à mão armada ou se tem uma implicação mais cruel e feroz relacionada com os cintas-largas", declarou Gomes.
Segundo ele, Meireles, 55, estava em uma missão para comunicar aos índios cintas-largas a decisão do governo federal de fechar o garimpo em suas terras e de buscar uma nova legislação sobre a mineração na região. A área ocupada pelos índios cintas-largas em Rondônia é rica em minerais como cassiterita, ouro e diamante.
O presidente da Funai informou que o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, estão se empenhando para agilizar as investigações.
O sertanista Apoena Meireles foi morto na noite deste sábado durante um suposto assalto em uma agência bancária de Porto Velho (RO).
A assessoria da Funai informou que uma funcionária da entidade estava presente no momento do crime e que um rapaz, aparentando 18 anos, se aproximou dos dois no caixa eletrônico de um banco e anunciou o assalto.
Segundo ela, Meireles colocou o dinheiro na carteira e recebeu um disparo no peito ao dar um passo em direção ao assaltante. Depois da fuga do criminoso, o sertanista o teria perseguido, recebendo então um segundo tiro no abdômen. Apoena Meireles morreu antes de chegar ao hospital.
De acordo com a Funai, a polícia fez um retrato falado do assaltante e está em busca do assassino em um trabalho conjunto com a Polícia Federal.
Apoena Meireles era filho do também sertanista Francisco Meirelles. Ele nasceu numa aldeia Xavante em Pimentel Barbosa (MT) e desde cedo acompanhava o pai nas frentes de trabalho nas aldeias. Seu nome Apoena foi uma homenagem a um famoso líder xavante.
Autor de um projeto de descentralização da Funai, ocupou a presidência da fundação durante o período de novembro de 1985 a maio de 1986.
Meireles esteve com dezenas de povos indígenas no Brasil e havia se aposentado na Funai, mas foi convidado a voltar ao trabalho e ocupava o cargo de coordenador da região de Rondônia, onde possuía contatos com os povos Uruí, Soro e especificamente os cintas-largas de Rondônia e da reserva de Apurinã, que fica no Mato Grosso.
Com Agência Brasil
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