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29/05/2005 - 11h26

Polícia descarta participação de diretor acadêmico em fraudes de concursos

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da Folha Online

A Polícia Civil do Distrito Federal descartou neste sábado a participação do diretor acadêmico do Cespe (Centro de Seleção e Promoção de Eventos) da UnB (Universidade de Brasília), Mauro Luiz Rabelo, no esquema de fraude em concursos públicos após acareação de Rabelo com Carlimi Argenta de Oliveira, que está presa por suspeita de envolvimento na quadrilha.

"Não ficou comprovada a participação do Mauro. Ele foi citado pela Carlimi", disse o diretor da Polícia Civil, Laerte Bessa.

O reitor da UnB, Lauro Morhy, criticou a forma como a polícia agiu para obter o depoimento de Rabelo. Segundo ele, agentes interceptaram, às 23h30 de sexta-feira, seu carro na saída da universidade, após uma reunião. Morhy relatou que o diretor acadêmico foi convidado a entrar no carro da polícia, que seguiu para a Deco (Divisão de Repressão ao Crime Organizado). Lá, os advogados da UnB acompanharam o depoimento de Rabelo, que se estendeu até a madrugada de sábado.

Pela manhã, o diretor do Cespe foi colocado frente a frente com Carlimi. Ela havia dito em seu primeiro depoimento, na madrugada de quinta-feira, que o diretor do Cespe era a pessoa que entregava a ela as provas dos concursos fraudados, e que eles mantinham um relacionamento amoroso.

Na acareação, Carlimi desmentiu a participação do professor no esquema de fraudes. Ela disse que mentiu para proteger o marido, Fernando Leonardo Araújo de Oliveira, ex-funcionário da gráfica do Cespe, demitido em 2003. Fernando também está preso por suposta participação no esquema.

O marido de Carlimi foi ouvido pela polícia na tarde de ontem e, segundo o delegado Celso Ferro, também teria citado o nome de Mauro Rabelo. Fernando Oliveira foi contratado em 2001 pelo Cespe para trabalhar na gráfica da instituição. "Ele saiu porque não se integrava à equipe", disse a diretora-geral do Cespe, Romilda Macarini.

O nome de Fernando foi levado à Polícia Civil durante a semana pelo procurador-geral da UnB, José Weber Holanda. O reitor da UnB disse que o procedimento foi adotado porque o ex-funcionário tinha um comportamento estranho. "Não estamos dizendo que ele é culpado, apenas achamos que merecia investigação", disse Morhy.

As investigações sobre a máfia dos concursos, chamada de Operação Galileu, foram iniciadas em novembro do ano passado e culminaram com a prisão dos primeiros suspeitos no concurso para agente penitenciário federal no último domingo.

Até agora, a polícia cumpriu 85 mandados de prisão, dos 107 expedidos pela Justiça. Segundo Bessa, 16 candidatos que tiveram acesso ao gabarito da prova já foram liberados.

Com Agência Brasil

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