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13/07/2005
-
12h38
da Folha Online
A empresária Eliana Tranchesi, proprietária da Daslu, foi presa na manhã desta quarta-feira em sua casa, no Morumbi (zona sul de São Paulo), sob acusação de envolvimento em um esquema de sonegação fiscal. Celso de Lima, dono de empresa de importação relacionada à Daslu, também foi preso. As informações são da Polícia Federal.
Em um carro da polícia, Tranchesi foi levada até a sede da superintendência do órgão, na Lapa (zona oeste de São Paulo), onde presta depoimento neste momento.
A prisão da empresária é desdobramento de uma operação de combate às supostas irregularidades iniciada nesta quarta-feira por agentes da Polícia Federal, fiscais da Receita Federal e membros do Ministério Público. Operação semelhante está ocorrendo em estabelecimentos de mais três Estados.
A Daslu, localizada na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo), foi revistada, mas funciona normalmente, desde as 10h.
Outro lado
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Daslu afirmou que "está colaborando com a operação, no sentido de fornecer todas as informações que forem solicitadas". A assessoria, no entanto, não se manifestou sobre a prisão da proprietária.
O suposto esquema
Segundo a PF, as mercadorias estrangeiras compradas pela Daslu seriam subfaturadas por empresas importadoras, que depois substituiriam as faturas comerciais verdadeiras por outras, com preços inferiores. Estas pessoas jurídicas, suspeita o Ministério Público, teriam sido constituídas apenas para camuflar a irregularidade.
Desta forma, reduzia-se a incidência do Imposto de Importação e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o produto era revendido à Daslu por preço inferior ao da real transação comercial. Com isso a Daslu teria lucros exorbitantes (extra-oficialmente fala-se em US$ 10 milhões nos últimos 12 meses).
O dono da Multimport, uma das empresas investigadas, Celso de Lima, também foi preso. De acordo com a PF, a ligação entre a Daslu e a empresa "fica ainda mais evidente quando se verifica o balanço contábil da importadora, apresentando constantes prejuízos".
Operação
Ao todo, a força-tarefa, chamada pela PF de "Operação Narciso", envolve 240 policiais federais e 80 auditores fiscais.
Outros dois mandados de prisão temporária e 33 mandados de busca e apreensão devem ser cumpridos nos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Paraná. Em São Paulo, os documentos foram emitidos pela 2ª Vara Federal da Justiça Federal de Guarulhos (Grande São Paulo).
Os envolvidos são acusados dos crimes de formação de quadrilha, falsidade material e ideológica, além de crimes contra a ordem tributária e a possível sonegação fiscal sobre o lucro da empresa Daslu.
As investigações, ainda segundo a PF, começaram em 2004, quando foram apreendidas mercadorias com notas fiscais subfaturadas e notas fiscais com os valores verdadeiros em aeroportos de São Paulo e Curitiba (PR).
Megaloja
As buscas promovidas na loja da Daslu incluíram a revista de todos os veículos que chegavam ao setor de carga e descarga do estabelecimento. Em seus quatro andares, que ocupam cerca de 17 mil metros quadrados, são vendidos de cosméticos até lanchas.
Butique que hoje reúne as mais caras grifes e os brasileiros mais endinheirados, a Daslu iniciou suas atividades em 1958 com uma loja simples que funcionava na própria casa de uma de suas fundadoras, Lucia Piva Albuquerque.
A butique, no entanto, só se transformou em referência de moda no Brasil nos anos 80. Em 1984, com a morte de Lucia Piva Albuquerque, sua filha, Eliana Tranchesi, assume os negócios ao lado de Lourdes Aranha.
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A empresária Eliana Tranchesi, proprietária da Daslu, foi presa na manhã desta quarta-feira em sua casa, no Morumbi (zona sul de São Paulo), sob acusação de envolvimento em um esquema de sonegação fiscal. Celso de Lima, dono de empresa de importação relacionada à Daslu, também foi preso. As informações são da Polícia Federal.
Em um carro da polícia, Tranchesi foi levada até a sede da superintendência do órgão, na Lapa (zona oeste de São Paulo), onde presta depoimento neste momento.
18.dez.2003/Folha Imagem |
Eliana Tranchesi, dona da Daslu |
A Daslu, localizada na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo), foi revistada, mas funciona normalmente, desde as 10h.
Outro lado
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Daslu afirmou que "está colaborando com a operação, no sentido de fornecer todas as informações que forem solicitadas". A assessoria, no entanto, não se manifestou sobre a prisão da proprietária.
O suposto esquema
Segundo a PF, as mercadorias estrangeiras compradas pela Daslu seriam subfaturadas por empresas importadoras, que depois substituiriam as faturas comerciais verdadeiras por outras, com preços inferiores. Estas pessoas jurídicas, suspeita o Ministério Público, teriam sido constituídas apenas para camuflar a irregularidade.
Eduardo Knapp/Folha Imagem |
Fachada da loja da Daslu, na zona sul de SP |
O dono da Multimport, uma das empresas investigadas, Celso de Lima, também foi preso. De acordo com a PF, a ligação entre a Daslu e a empresa "fica ainda mais evidente quando se verifica o balanço contábil da importadora, apresentando constantes prejuízos".
Operação
Ao todo, a força-tarefa, chamada pela PF de "Operação Narciso", envolve 240 policiais federais e 80 auditores fiscais.
F.Donasci/Folha Imagem |
Policiais apreendem caixas de documentos em importadoras |
Os envolvidos são acusados dos crimes de formação de quadrilha, falsidade material e ideológica, além de crimes contra a ordem tributária e a possível sonegação fiscal sobre o lucro da empresa Daslu.
As investigações, ainda segundo a PF, começaram em 2004, quando foram apreendidas mercadorias com notas fiscais subfaturadas e notas fiscais com os valores verdadeiros em aeroportos de São Paulo e Curitiba (PR).
Megaloja
As buscas promovidas na loja da Daslu incluíram a revista de todos os veículos que chegavam ao setor de carga e descarga do estabelecimento. Em seus quatro andares, que ocupam cerca de 17 mil metros quadrados, são vendidos de cosméticos até lanchas.
Butique que hoje reúne as mais caras grifes e os brasileiros mais endinheirados, a Daslu iniciou suas atividades em 1958 com uma loja simples que funcionava na própria casa de uma de suas fundadoras, Lucia Piva Albuquerque.
A butique, no entanto, só se transformou em referência de moda no Brasil nos anos 80. Em 1984, com a morte de Lucia Piva Albuquerque, sua filha, Eliana Tranchesi, assume os negócios ao lado de Lourdes Aranha.
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