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17/11/2005 - 09h08

Biblioteca Nacional revela obras furtadas

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da Folha de S.Paulo, no Rio

Depois de quatro meses, caiu o segredo de Justiça em torno do desaparecimento de peças da Biblioteca Nacional, no Rio. Foi confirmado o furto de 949 peças, sendo 751 fotos, 120 estampas, 56 desenhos e 22 gravuras. O número pode crescer, pois o inventário das gravuras não foi concluído.

Entre as fotos, a grande maioria (557) é do século 19, sendo que 449 delas pertencem à coleção Imperatriz Teresa Cristina Maria, de 23 mil imagens, deixada por d. Pedro 2º para a Biblioteca Nacional. Há 194 do século 20.

Os brasileiros Marc Ferrez (11 fotos) e Augusto Malta, o inglês Benjamin Mulock e os alemães August Stahl e Guilherme Liebenau estão na lista de autores de fotos desaparecidas. Muitas têm autores desconhecidos.

Foram encontradas 72 fotos "fantasmas" --imagens sem valor postas no lugar das originais.

Entre os desenhos, há um de Rugendas, três de Victor Meirelles, um de Pedro Américo, 17 de J. Carlos e 14 de Álvarus.

Já nas gravuras, predominam as de autor desconhecido do século 19. Duas imagens do Rio são de J. Needham. E todas as 120 estampas são do sabonete "Eucalol".

Ontem à tarde, após ser informada da decisão do juiz Flávio Oliveira Lucas, da 4ª Vara Federal Criminal, a presidente interina da fundação, Maria Izabel Mota, divulgou o resultado do inventário.

"Acho que a suspensão do segredo de Justiça pode ajudar, porque temos digitalizadas muitas das imagens desaparecidas. Agora, poderemos divulgá-las ao público", disse ela, que hoje deve enviar a lista de imagens para a Interpol e colocá-la na internet.

Ao menos no que se refere às fotos, Mota diz acreditar que os furtos tenham ocorrido nos cem dias de greve dos funcionários da instituição, de abril a julho. No período, segundo servidores, só diretores ou pessoas autorizadas por eles tiveram acesso ao prédio.

O segredo de Justiça, determinado no dia 19, impediu que novas informações precisas viessem a público. Mota diz ter consultado o juiz para saber se poderia reabrir o setor de iconografia ao público ou se isso feriria o segredo de Justiça. A resposta foi a suspensão do segredo.

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