09/01/2006 - 10h16

Serra veta projeto que autorizaria a "privatização" do Pacaembu

ALEXSSANDER SOARES
da Folha de S.Paulo

O prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), vetou o projeto de lei que autorizava a exploração por particulares do estádio do Pacaembu pelos próximos 30 anos. Serra acabou com as esperanças do Corinthians, clube interessado no estádio, ao alegar inconstitucionalidade na proposta aprovada pela Câmara Municipal.

Quando passou em novembro por votação simbólica na Câmara, o vice-presidente corintiano Andrés Sanches e a MSI informaram, por intermédio da assessoria de imprensa, que viam com bons olhos a possibilidade de transferência do estádio para o clube aberta pelo projeto de lei.

Ao justificar o veto à proposta de autoria do vereador Domingos Dissei (PFL), cujo texto foi elaborado em 1998, Serra ressaltou que cabe somente ao Executivo apresentar projetos de lei dispondo sobre aquisição, venda ou concessão de bens imóveis municipais, como é o caso do estádio Paulo Machado de Carvalho.

No texto publicado na edição de sábado do "Diário Oficial da Cidade", o prefeito informa que a Secretaria Municipal de Esportes tem planos para a construção do Museu do Futebol nas instalações do estádio, em parceria com a Fundação Roberto Marinho.

Serra também ressalta no texto que será firmado um convênio com a Confederação Brasileira de Tênis para a reforma das quadras existentes no complexo do estádio, com a intenção de realizar torneios nacionais e internacionais no Pacaembu.

O prefeito tem planos de buscar recursos com a iniciativa privada para financiar reformas no estádio do Pacaembu. Ele já disse que gostaria de reconstruir a concha acústica, derrubada para dar lugar ao tobogã em 1970.

A concha acústica ficava atrás do gol oposto ao portão principal e servia de palco para apresentações culturais. Com o tobogã, o Pacaembu ganhou mais 15 mil lugares e sua capacidade passou para 40 mil torcedores.

Especial

Leia o que já foi publicado sobre o estádio do Pacaembu