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10/04/2006 - 22h46

Chuvas atingem 90 mil no Pará e matam três crianças

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THIAGO REIS
da Agência Folha

As chuvas que assolam o Pará e atingiram cerca de 90 mil pessoas deixaram três crianças mortas em Porto de Moz, no extremo norte do Estado. As três morreram afogadas.

O município é um dos mais afetados. De acordo com a Defesa Civil, 8.200 pessoas estão desalojadas. Como elas moram na zona rural, não há abrigos. A prefeitura pediu ajuda do Estado para o fornecimento de ao menos 1.400 cestas básicas, 4.000 litros de diesel e remédios.

Ao todo, no Pará, já são 3.380 pessoas desabrigadas e cerca de 20 mil desalojadas. Em Marabá (568 km de Belém), a situação é mais crítica. A enchente deixou 1.700 desabrigados e outros 9.500 desalojados. O rio Tocantins ultrapassou na manhã desta segunda-feira o nível máximo. Órgãos de hidrologia registraram 12,2 metros --o que é crítico.

Neste fim de semana, mais duas cidades decretaram situação de emergência (Óbidos e Marabá). Com isso, são 12 sob o decreto. Seis municípios seguem em estado de alerta.

Em Anapu, cidade conhecida após o assassinato da missionária Dorothy Stang, o órgão de saúde detectou um aumento dos casos de malária e dengue em razão das enchentes. Há a proliferação de ratos nas áreas afetadas.

Segundo a Defesa Civil, parte dos atingidos perdeu a condição de subsistência, já que as olarias estão submersas e a pesca segue escassa.

Outras cidades

Em Rondon do Pará, são 77.600 os moradores afetados de alguma forma pelas enxurradas. O órgão já trabalha na recuperação de pontes na BR-222 e na construção de uma rede de drenagem pluvial.

Em Parauapebas, o Corpo de Bombeiros utiliza uma lancha com motor de popa para auxiliar no transporte das famílias. São 454 pessoas desabrigadas.

Em cidades como Água Azul do Norte, as escolas interromperam as aulas devido à dificuldade de acesso. Há comunidades da zona rural com risco de ficar isoladas por causa das estradas vicinais, informou a Defesa Civil.

Em Eldorado do Carajás, pelo menos 600 km de estradas estão em condição precária de tráfego. Algumas pontes foram destruídas pela força das chuvas.

Cerca de 30 pessoas perderam o emprego em razão da paralisação de uma fábrica de cerâmica. Há prejuízo para os produtores de leite. As perdas chegam a 35%, o que corresponde a 120 mil litros por dia --que não conseguem ser escoados.

Continuam em estado de alerta as cidades de Altamira, São João do Araguaia, Itupiranga, Tucuruí, Portel e Monte Alegre.

Tocantins

Em Tocantins, a Defesa Civil do Estado intensificou, nos últimos dias, o monitoramento do nível dos rios da região norte a fim de evitar novas enchentes, em razão das chuvas. Araguanã decretou situação de emergência. Já Sampaio segue em estado de alerta.

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