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13/01/2007
-
07h59
LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre
A Prefeitura de Porto Alegre (RS) decidiu instalar barreiras de concreto "antimendigo" em uma passarela da cidade. Erguidas em quatro vãos de uma passarela sobre o Arroio Dilúvio, um riacho que atravessa a Avenida Ipiranga, elas lembram a medida polêmica tomada pelo então prefeito José Serra (PSDB) na avenida Paulista, em São Paulo.
Ainda serão construídas mais duas. Uma das barreiras foi instalada na esquina da avenida Ipiranga com a Erico Verissimo, uma das mais conhecidas da cidade. A prefeitura já havia tentado convencer as pessoas a deixar o local e a parar de consumir bebidas alcoólicas. A maioria não acatou a determinação.
A população que vive no local varia --em Porto Alegre, há pouco mais de mil moradores de rua. Nas esquinas da avenida Ipiranga, é comum os moradores de rua pedirem esmolas durante o dia.
Especialistas em ressocialização criticaram a medida tomada pela Smov (Secretaria Municipal de Obras e Viação) e pela Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania). "Muros não resolvem, apenas dividem a população", disse o coordenador do Grupo Violência e Cidadania da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), José Vicente Tavares.
Segundo ele, as pessoas não poderão ficar no local, mas se abrigarão em outro, sem deixar as ruas. Muitos dos moradores têm problemas psicológicos e deveriam ser tratados e orientados, afirmou. Léo Voigt, coordenador do Núcleo de Políticas Sociais da Prefeitura de Porto Alegre, afirmou ontem que as barreiras são uma "proteção".
Ele disse que a utilização dos vãos pelos moradores de rua dificulta o acesso do órgão a eles. Por isso, não são tomadas medidas de recuperação social, afirmou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre moradores de rua
Porto Alegre instala barreiras "antimendigo"
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da Agência Folha, em Porto Alegre
A Prefeitura de Porto Alegre (RS) decidiu instalar barreiras de concreto "antimendigo" em uma passarela da cidade. Erguidas em quatro vãos de uma passarela sobre o Arroio Dilúvio, um riacho que atravessa a Avenida Ipiranga, elas lembram a medida polêmica tomada pelo então prefeito José Serra (PSDB) na avenida Paulista, em São Paulo.
Ainda serão construídas mais duas. Uma das barreiras foi instalada na esquina da avenida Ipiranga com a Erico Verissimo, uma das mais conhecidas da cidade. A prefeitura já havia tentado convencer as pessoas a deixar o local e a parar de consumir bebidas alcoólicas. A maioria não acatou a determinação.
A população que vive no local varia --em Porto Alegre, há pouco mais de mil moradores de rua. Nas esquinas da avenida Ipiranga, é comum os moradores de rua pedirem esmolas durante o dia.
Especialistas em ressocialização criticaram a medida tomada pela Smov (Secretaria Municipal de Obras e Viação) e pela Fasc (Fundação de Assistência Social e Cidadania). "Muros não resolvem, apenas dividem a população", disse o coordenador do Grupo Violência e Cidadania da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), José Vicente Tavares.
Segundo ele, as pessoas não poderão ficar no local, mas se abrigarão em outro, sem deixar as ruas. Muitos dos moradores têm problemas psicológicos e deveriam ser tratados e orientados, afirmou. Léo Voigt, coordenador do Núcleo de Políticas Sociais da Prefeitura de Porto Alegre, afirmou ontem que as barreiras são uma "proteção".
Ele disse que a utilização dos vãos pelos moradores de rua dificulta o acesso do órgão a eles. Por isso, não são tomadas medidas de recuperação social, afirmou.
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