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23/02/2007
-
20h37
da Folha Online
O Consórcio Via Amarela, responsável pela construção da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo, foi notificado nesta sexta-feira pela Justiça de que terá de enviar para hotéis 11 moradores de imóveis de Pinheiros (zona oeste), bairro onde houve o desabamento do canteiro de obras, no dia 12 de janeiro. O consórcio vai recorrer.
A juíza Ana Carolina Vaz Pacheco de Castro, da 5ª Vara Cível de Pinheiros, considerou que os riscos aos imóveis e à integridade física dos moradores que recorreram à Justiça são "evidentes". Ela deu um prazo de 48 horas para que o consórcio cumpra a determinação, sob a pena de multa diária de R$ 2.000.
Por meio da assessoria de imprensa, o consórcio afirmou que vai recorrer porque a determinação não tem embasamento técnico, já que os imóveis mencionados encontram-se a cerca de 300 metros do acidente.
O consórcio alega que normas internacionais indicam que os imóveis são afetados com no máximo 50 metros de distância do desabamento.
O consórcio deve entrar com o recurso na segunda-feira com a apresentação de um laudo para contestar a decisão da juíza.
Desde o acidente, que matou sete pessoas, mais de cem moradores do bairro estão em hotéis pagos pelo consórcio de empreiteiras. Devido ao desabamento, parte dos imóveis permanece sem água e energia elétrica. Não há previsão para liberação da área.
Indenizações
Na quinta-feira (22), o consórcio informou que fechou 21 acordos de indenização com famílias cujos imóveis foram afetados pelo desabamento.
Segundo o consórcio, os parentes de Valéria Marmit, do funcionário público Marcio Rodrigues Alambert e do office-boy Cícero da Silva, que morreram no acidente, aceitaram as indenizações propostas. Os donos da van que foi engolida --onde quatro dos sete mortos estavam-- e os proprietários de cinco veículos também já foram indenizados.
De acordo com o consórcio, as negociações com as famílias das outras quatro vítimas prosseguem.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre desabamentos
Leia a cobertura completa sobre o desabamento na obra do metrô
Consórcio vai recorrer para não levar moradores ameaçados a hotéis
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O Consórcio Via Amarela, responsável pela construção da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo, foi notificado nesta sexta-feira pela Justiça de que terá de enviar para hotéis 11 moradores de imóveis de Pinheiros (zona oeste), bairro onde houve o desabamento do canteiro de obras, no dia 12 de janeiro. O consórcio vai recorrer.
A juíza Ana Carolina Vaz Pacheco de Castro, da 5ª Vara Cível de Pinheiros, considerou que os riscos aos imóveis e à integridade física dos moradores que recorreram à Justiça são "evidentes". Ela deu um prazo de 48 horas para que o consórcio cumpra a determinação, sob a pena de multa diária de R$ 2.000.
Por meio da assessoria de imprensa, o consórcio afirmou que vai recorrer porque a determinação não tem embasamento técnico, já que os imóveis mencionados encontram-se a cerca de 300 metros do acidente.
O consórcio alega que normas internacionais indicam que os imóveis são afetados com no máximo 50 metros de distância do desabamento.
O consórcio deve entrar com o recurso na segunda-feira com a apresentação de um laudo para contestar a decisão da juíza.
Desde o acidente, que matou sete pessoas, mais de cem moradores do bairro estão em hotéis pagos pelo consórcio de empreiteiras. Devido ao desabamento, parte dos imóveis permanece sem água e energia elétrica. Não há previsão para liberação da área.
Indenizações
Na quinta-feira (22), o consórcio informou que fechou 21 acordos de indenização com famílias cujos imóveis foram afetados pelo desabamento.
Segundo o consórcio, os parentes de Valéria Marmit, do funcionário público Marcio Rodrigues Alambert e do office-boy Cícero da Silva, que morreram no acidente, aceitaram as indenizações propostas. Os donos da van que foi engolida --onde quatro dos sete mortos estavam-- e os proprietários de cinco veículos também já foram indenizados.
De acordo com o consórcio, as negociações com as famílias das outras quatro vítimas prosseguem.
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