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21/03/2007
-
23h42
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
da Agência Folha
Uma mulher morreu em Porangatu (446 km de Goiânia-GO) após fazer um tratamento para alisar seus cabelos.
Ainda não há um laudo que aponte a causa exata da morte, mas a principal suspeita é que ela tenha tido uma reação alérgica aos produtos usados na "escova progressiva" --que promete uma eficácia de ao menos três meses.
A dona-de-casa Maria Eni da Silva, 33, fez o tratamento no último sábado em um dos mais visitados salões de beleza da cidade. De acordo com a Polícia Civil, o lugar existe há pelo menos 30 anos.
Depois de fazer a escova, ela foi para casa orientada a não lavar a cabeça durante três dias. Mas Silva começou a ter dores de cabeça, coceiras no couro cabeludo e falta de ar.
Segundo o a polícia, o irmão de Silva disse que ela também reclamava de um líquido que escorria da cabeça.
Levada para um hospital, foi medicada para tratar os sintomas de intoxicação e mandada de volta para casa. Na segunda-feira de manhã, voltou a passar mal e acabou morrendo a caminho do hospital.
O laudo da autópsia revelará a causa da morte, mas, de acordo com o médico-legista que a realizou, a intoxicação causou provavelmente uma parada respiratória.
A polícia também recolheu, com autorização da dona do salão de beleza, os produtos que ela disse ter usado no tratamento. Eles serão examinados, para atestar sua qualidade.
O irmão da morta ainda afirmou à polícia que, além dos produtos normalmente usados na escova, foi utilizado também formol, o que é proibido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A dona do salão nega.
Os exames toxicológicos e o laudo da autópsia devem mostrar se houve ou não imperícia no tratamento. Se ficar comprovado que houve, quem o aplicou pode ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar).
A dona do salão não foi encontrada. Ela está em Goiânia desde sábado. À polícia, ela disse estar fazendo tratamento médico.
A dermatologista Denise Steiner, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Câmara Técnica da Anvisa, diz que, se for confirmada, é a primeira vez que ela ouve falar de uma morte causada pela reação a produtos usados em uma escova progressiva.
"Pode acontecer. O formol, além ter grande tendência de causar alergia e de irritar, também é carcinogênico (pode causar câncer)."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre escova progressiva
Mulher morre após tratamento para alisar cabelos
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da Agência Folha
Uma mulher morreu em Porangatu (446 km de Goiânia-GO) após fazer um tratamento para alisar seus cabelos.
Ainda não há um laudo que aponte a causa exata da morte, mas a principal suspeita é que ela tenha tido uma reação alérgica aos produtos usados na "escova progressiva" --que promete uma eficácia de ao menos três meses.
A dona-de-casa Maria Eni da Silva, 33, fez o tratamento no último sábado em um dos mais visitados salões de beleza da cidade. De acordo com a Polícia Civil, o lugar existe há pelo menos 30 anos.
Depois de fazer a escova, ela foi para casa orientada a não lavar a cabeça durante três dias. Mas Silva começou a ter dores de cabeça, coceiras no couro cabeludo e falta de ar.
Segundo o a polícia, o irmão de Silva disse que ela também reclamava de um líquido que escorria da cabeça.
Levada para um hospital, foi medicada para tratar os sintomas de intoxicação e mandada de volta para casa. Na segunda-feira de manhã, voltou a passar mal e acabou morrendo a caminho do hospital.
O laudo da autópsia revelará a causa da morte, mas, de acordo com o médico-legista que a realizou, a intoxicação causou provavelmente uma parada respiratória.
A polícia também recolheu, com autorização da dona do salão de beleza, os produtos que ela disse ter usado no tratamento. Eles serão examinados, para atestar sua qualidade.
O irmão da morta ainda afirmou à polícia que, além dos produtos normalmente usados na escova, foi utilizado também formol, o que é proibido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A dona do salão nega.
Os exames toxicológicos e o laudo da autópsia devem mostrar se houve ou não imperícia no tratamento. Se ficar comprovado que houve, quem o aplicou pode ser indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar).
A dona do salão não foi encontrada. Ela está em Goiânia desde sábado. À polícia, ela disse estar fazendo tratamento médico.
A dermatologista Denise Steiner, da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Câmara Técnica da Anvisa, diz que, se for confirmada, é a primeira vez que ela ouve falar de uma morte causada pela reação a produtos usados em uma escova progressiva.
"Pode acontecer. O formol, além ter grande tendência de causar alergia e de irritar, também é carcinogênico (pode causar câncer)."
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