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07/04/2007 - 09h32

Consórcio Via Amarela agora diz que não retomará obras em Pinheiros

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KLEBER TOMAZ
ROGÉRIO PAGNAN
da Reportagem local

Quatro dias após ter anunciado a retomada das obras da futura estação Pinheiros da Linha 4 do Metrô, na zona oeste de São Paulo, o Consórcio Via Amarela, responsável pelo projeto, voltou atrás da decisão.

Em comunicado à imprensa, o consórcio informou sexta-feira (6) que "o termo [de ajustamento de conduta] assinado [na última segunda] não representa a retomada das obras da estação Pinheiros e autoriza apenas a realização de trabalhos que visam dar segurança às investigações que serão desenvolvidas pelo IPT [Instituto de Pesquisas Tecnológicas] e Instituto de Criminalística [IC]."

O consórcio disse que inicia esses trabalhos na segunda e que a retomada das obras deve ocorrer só após a conclusão do trabalho da perícia no buraco --prevista para 15 de outubro.

O consórcio discorda, porém, que, com essa nota, esteja apresentando uma nova versão para interpretar o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado com o Ministério Público Estadual, Metrô, IC e IPT.

Divergência

O pool das empreiteiras também nega que tenha dito em algum momento que esse acordo signifique a retomada das obras da estação, onde sete pessoas morreram soterradas no dia 12 de janeiro após o desmoronamento do seu canteiro.

A nota do consórcio diverge do que disseram em 2 de abril Vagner Marangoni, representante da Via Amarela, e Carlos Amim Filho, promotor de Habitação e Urbanismo.

"As obras da estação serão retomadas na próxima segunda", disse Marangoni em entrevista gravada. Amim falou que o TAC "representa a retomada da construção da estação Pinheiros com segurança e também a coleta de material para a perícia, na esfera cível e criminal".

A nova versão do consórcio aconteceu no dia em que reportagem da Folha informou que a Delegacia Regional do Trabalho (DRT) manteve o embargo à obra do Metrô em Pinheiros.

Risco à saúde

O motivo alegado pela DRT em 30 de janeiro foi a "situação de grave e iminente risco à saúde e integridade física dos trabalhadores." Segundo o órgão, ligado ao Ministério do Trabalho, as obras não podem recomeçar enquanto o consórcio não enviar os documentos necessários para sua liberação.

O chefe de Segurança e Saúde do Trabalhador da DRT, Celso de Almeida Haddad, havia dito que o consórcio está autorizado a fazer só trabalhos de estabilização do solo para a segurança do local e entrada de peritos e técnicos no buraco.

Ele declarou que iria verificar "as medidas legais cabíveis, inclusive o acionamento da Polícia Federal" para manter o embargo das obras.

De acordo com a Secretaria de Transportes Metropolitanos, que é responsável pelo Metrô, o consórcio enviará a documentação exigida pela DRT na próxima quarta, conforme combinado na reunião feita entre ambos em 27 de março. Haddad não foi encontrado para comentar o assunto.

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