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02/04/2001
-
18h20
MÁRIO TONOCCHI
da Folha Online, em Campinas
Laudo da própria Shell Química do Brasil obtido pela Folha Online atesta a contaminação por metais pesados da área onde fica hoje o bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia (a 126 km de São Paulo), onde funcionou uma unidade da empresa até 1995. O documento será encaminhado amanhã para o Ministério Público.
O laudo, realizado pela empresa norte-americana EMS em 1993, está fora da investigação que corre no Ministério Público.
O documento mostra que quatro valas para despejo de resíduos tóxicos da produção mantidas pela fábrica da Shell em Paulínea não estavam dentro das normas técnicas para esse tipo de armazenamento _elas não tinham, por exemplo, revestimento adequado para evitar contaminação do solo.
Na época, a análise constatou que as valas ultrapassavam em 150% suas capacidades.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Shell Química do Brasil afirma que a empresa não utilizava metais pesados em sua produção de pesticidas.
Informou ainda que a contaminação não teria ocorrido por causa de sua fábrica, mas em razão de ações de outras empresas que trabalham com material químico _apesar de o laudo ter apontado os problemas na área da Shell.
A empresa também diz que entregou o laudo ao MP quando informou o órgão sobre os problemas no Recanto dos Pássaros, em 1995, e que achava que os documentos já tinham sido analisados pela promotoria.
A Shell tem três laudos, contando o que será entregue amanhã ao Ministério Público. Todos atestam a contaminação da área do Recanto dos Pássaros. Dois deles (realizados no início deste ano) já estão anexados aos inquérito no Ministério Público.
O laudo da empresa holandesa Haskonng, o mais recente, dizia que "nos casos (...) em que a água subterrânea é utilizada como água para beber há de fato riscos para adultos e crianças, com base na elevada concentração de óleo mineral na água."
O outro laudo deste ano, da empresa norte-americana Ceimic, aponta 15 pontos de contaminação na área da empresa.
A Shell também encomendou um quarto laudo recentemente à empresa de engenharia ambiental GDS Geoklock, que analisou amostras de água em seis poços próximos da área do Recanto dos Pássaros.
Em oito pontos do solo a empresa encontrou compostos C5 e C10, substâncias que, quando absorvidas pelo organismo, provocam lesões nos rins e no fígado. A quantidade dos elementos encontrados estavam, no entanto, abaixo do limite permitido.
Leia mais:
Famílias ameaçam processar empresa por contaminação
Promotor volta atrás e adia acordo com moradores de Paulínia
Laudo aponta contaminação em área da Shell em Paulínia
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da Folha Online, em Campinas
Laudo da própria Shell Química do Brasil obtido pela Folha Online atesta a contaminação por metais pesados da área onde fica hoje o bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia (a 126 km de São Paulo), onde funcionou uma unidade da empresa até 1995. O documento será encaminhado amanhã para o Ministério Público.
O laudo, realizado pela empresa norte-americana EMS em 1993, está fora da investigação que corre no Ministério Público.
O documento mostra que quatro valas para despejo de resíduos tóxicos da produção mantidas pela fábrica da Shell em Paulínea não estavam dentro das normas técnicas para esse tipo de armazenamento _elas não tinham, por exemplo, revestimento adequado para evitar contaminação do solo.
Na época, a análise constatou que as valas ultrapassavam em 150% suas capacidades.
Outro lado
A assessoria de imprensa da Shell Química do Brasil afirma que a empresa não utilizava metais pesados em sua produção de pesticidas.
Informou ainda que a contaminação não teria ocorrido por causa de sua fábrica, mas em razão de ações de outras empresas que trabalham com material químico _apesar de o laudo ter apontado os problemas na área da Shell.
A empresa também diz que entregou o laudo ao MP quando informou o órgão sobre os problemas no Recanto dos Pássaros, em 1995, e que achava que os documentos já tinham sido analisados pela promotoria.
A Shell tem três laudos, contando o que será entregue amanhã ao Ministério Público. Todos atestam a contaminação da área do Recanto dos Pássaros. Dois deles (realizados no início deste ano) já estão anexados aos inquérito no Ministério Público.
O laudo da empresa holandesa Haskonng, o mais recente, dizia que "nos casos (...) em que a água subterrânea é utilizada como água para beber há de fato riscos para adultos e crianças, com base na elevada concentração de óleo mineral na água."
O outro laudo deste ano, da empresa norte-americana Ceimic, aponta 15 pontos de contaminação na área da empresa.
A Shell também encomendou um quarto laudo recentemente à empresa de engenharia ambiental GDS Geoklock, que analisou amostras de água em seis poços próximos da área do Recanto dos Pássaros.
Em oito pontos do solo a empresa encontrou compostos C5 e C10, substâncias que, quando absorvidas pelo organismo, provocam lesões nos rins e no fígado. A quantidade dos elementos encontrados estavam, no entanto, abaixo do limite permitido.
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