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15/05/2001
-
15h14
da Folha Online
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, negou que tenha pagado para fugir da prisão em Minas Gerais, acusou policiais federais mineiros de serem corruptos e disse que "tem o corpo glorificado", e que Deus lhe reservou "uma missão na Terra".
As afirmações foram feitas na Comissão de Direitos Humanos e de Combate à Violência, em Brasília.
Inquirido por deputados, Beira-Mar chegou à comissão como "convidado" e foi tratado na comissão como "senhor Fernando". Quando lhe pediram nomes de pessoas ligadas ao tráfico ele respondeu: "Não tenho vocação para alcaguete (dedo-duro). Não sou santo, mas não sou isso que a imprensa está divulgando."
Em duas ocasiões Beira Mar, 34 anos, fez os deputados presentes gargalharem. Primeiro quando disse que era empresário e "proprietário de um harém" (queria dizer "haras", criação de cavalos).
Em seguida outro deputado questionou o fato de ele ter visitado países ligados ao tráfico. "Ué, mas se eu sou traficante...", ironizou Beira-Mar.
Acordo realizado entre o advogado do traficante e membros da comissão definiu que Beira-mar ficaria na reunião por três horas.
Uma comissão permanente não tem poderes de convocação de testemunhas, não tem poderes investigatórios, diferente de comissões parlamentares de inquérito. Em uma CPI, o traficante seria obrigado a depor sob juramento.
Beira Mar foi preso pelo exército colombiano no dia 21 de abril e deportado quatro dias depois para o Brasil. Ele está preso na Superintendência da PF do Distrito Federal é considerado um dos "arquivos vivos" mais importantes para o combate ao narcotráfico no país.
O traficante já disse que corrompeu policiais para conseguir fugir de uma cadeia de Belo Horizonte, em março de 1997. Beira Mar fugiu do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil mineira e teria pago R$ 500 mil pela fuga.
As informações sobre a fuga foram passadas por Beira-Mar a deputados da CPI do Narcotráfico, em Brasília. Ele se recusou a dizer os nomes dos policiais que facilitaram sua fuga.
Leia especial sobre Fernandinho Beira-Mar
Traficante Beira-Mar diz que Deus lhe deu uma "missão na Terra"
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O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, negou que tenha pagado para fugir da prisão em Minas Gerais, acusou policiais federais mineiros de serem corruptos e disse que "tem o corpo glorificado", e que Deus lhe reservou "uma missão na Terra".
As afirmações foram feitas na Comissão de Direitos Humanos e de Combate à Violência, em Brasília.
Inquirido por deputados, Beira-Mar chegou à comissão como "convidado" e foi tratado na comissão como "senhor Fernando". Quando lhe pediram nomes de pessoas ligadas ao tráfico ele respondeu: "Não tenho vocação para alcaguete (dedo-duro). Não sou santo, mas não sou isso que a imprensa está divulgando."
Em duas ocasiões Beira Mar, 34 anos, fez os deputados presentes gargalharem. Primeiro quando disse que era empresário e "proprietário de um harém" (queria dizer "haras", criação de cavalos).
Em seguida outro deputado questionou o fato de ele ter visitado países ligados ao tráfico. "Ué, mas se eu sou traficante...", ironizou Beira-Mar.
Acordo realizado entre o advogado do traficante e membros da comissão definiu que Beira-mar ficaria na reunião por três horas.
Uma comissão permanente não tem poderes de convocação de testemunhas, não tem poderes investigatórios, diferente de comissões parlamentares de inquérito. Em uma CPI, o traficante seria obrigado a depor sob juramento.
Beira Mar foi preso pelo exército colombiano no dia 21 de abril e deportado quatro dias depois para o Brasil. Ele está preso na Superintendência da PF do Distrito Federal é considerado um dos "arquivos vivos" mais importantes para o combate ao narcotráfico no país.
O traficante já disse que corrompeu policiais para conseguir fugir de uma cadeia de Belo Horizonte, em março de 1997. Beira Mar fugiu do Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil mineira e teria pago R$ 500 mil pela fuga.
As informações sobre a fuga foram passadas por Beira-Mar a deputados da CPI do Narcotráfico, em Brasília. Ele se recusou a dizer os nomes dos policiais que facilitaram sua fuga.
Leia especial sobre Fernandinho Beira-Mar
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