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12/07/2001
-
20h19
DENISE MADUEÑO
daFolha de S.Paulo, em Brasília
O ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) atribuiu a greve dos policiais militares da Bahia a uma "combinação de política com indisciplina". Ele afirmou que parlamentares de partidos de oposição estão alimentando o que qualificou de "rebelião".
"Toda greve tem o cunho salarial, mas, quando é infiltrada por parlamentares que não têm compreensão do momento político, ela se agrava", disse ACM.
O ex-senador disse estar referindo-se a deputados federais e estaduais do PT e do PC do B, à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a "um desordeiro Tadeu [Tadeu Fernandes, PSB] capitão da PM que hoje é deputado estadual".
As declarações de ACM foram rebatidas pelo líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA). O petista afirmou que os deputados do partido foram chamados pelo ministro Alberto Cardoso (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) para ajudarem na busca de uma saída para o impasse entre os policiais e o governo da Bahia.
"Quem levou o movimento dos policiais a essa situação foi o governo do Estado com sua intolerância, com sua estupidez de não conversar e de não negociar com os policiais", disse Pinheiro.
O general Cardoso se reuniu ontem com os deputados do PT da Bahia Jaques Wagner e Nelson Pellegrino, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, além de Pinheiro.
O líder petista afirmou que o ex-senador, com as declarações que fez, subestima a capacidade de mobilização da tropa e mostra que não há comando no Estado.
"A grande interferência é do ex-senador sobre o governo da Bahia. Isso é que leva a essa situação nefasta e à incapacidade do governo em dialogar", disse Pinheiro.
Segundo ACM, na sexta-feira passada, o governador da Bahia, César Borges (PFL), informou o presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a greve na Polícia Militar, mas que apenas anteontem oficializou o pedido da intervenção federal no Estado.
O ex-senador elogiou a posição de FHC. "O presidente procedeu nesse episódio com absoluta correção. A relação política não está em jogo hoje, mas a greve", disse.
ACM afirmou que, com a presença das Forças Armadas, "em poucos dias" voltará a tranquilidade no Estado. ACM disse que a ordem para o deslocamento de tropas federais para a Bahia poderia ter sido dada antes, "esse era o propósito do presidente", mas isso exige uma preparação.
"As Forças Armadas entram para ganhar. Por isso contam até dez antes de entrar", disse. O ex-senador afirmou não acreditar em confronto entre as Forças Armadas e os policiais grevistas.
ACM, que renunciou ao seu mandato para fugir ao processo de cassação, viajou a Brasília hoje com César Borges. O governador tratou do deslocamento de tropas do Exercito para o Estado. ACM disse que viajou a Brasília para tratar de questões pessoais, descartando uma agenda política.
Para ACM, greve na Bahia é mistura de "política com indisciplina"
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da
O ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) atribuiu a greve dos policiais militares da Bahia a uma "combinação de política com indisciplina". Ele afirmou que parlamentares de partidos de oposição estão alimentando o que qualificou de "rebelião".
"Toda greve tem o cunho salarial, mas, quando é infiltrada por parlamentares que não têm compreensão do momento político, ela se agrava", disse ACM.
O ex-senador disse estar referindo-se a deputados federais e estaduais do PT e do PC do B, à CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a "um desordeiro Tadeu [Tadeu Fernandes, PSB] capitão da PM que hoje é deputado estadual".
As declarações de ACM foram rebatidas pelo líder do PT na Câmara, Walter Pinheiro (BA). O petista afirmou que os deputados do partido foram chamados pelo ministro Alberto Cardoso (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) para ajudarem na busca de uma saída para o impasse entre os policiais e o governo da Bahia.
"Quem levou o movimento dos policiais a essa situação foi o governo do Estado com sua intolerância, com sua estupidez de não conversar e de não negociar com os policiais", disse Pinheiro.
O general Cardoso se reuniu ontem com os deputados do PT da Bahia Jaques Wagner e Nelson Pellegrino, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, além de Pinheiro.
O líder petista afirmou que o ex-senador, com as declarações que fez, subestima a capacidade de mobilização da tropa e mostra que não há comando no Estado.
"A grande interferência é do ex-senador sobre o governo da Bahia. Isso é que leva a essa situação nefasta e à incapacidade do governo em dialogar", disse Pinheiro.
Segundo ACM, na sexta-feira passada, o governador da Bahia, César Borges (PFL), informou o presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a greve na Polícia Militar, mas que apenas anteontem oficializou o pedido da intervenção federal no Estado.
O ex-senador elogiou a posição de FHC. "O presidente procedeu nesse episódio com absoluta correção. A relação política não está em jogo hoje, mas a greve", disse.
ACM afirmou que, com a presença das Forças Armadas, "em poucos dias" voltará a tranquilidade no Estado. ACM disse que a ordem para o deslocamento de tropas federais para a Bahia poderia ter sido dada antes, "esse era o propósito do presidente", mas isso exige uma preparação.
"As Forças Armadas entram para ganhar. Por isso contam até dez antes de entrar", disse. O ex-senador afirmou não acreditar em confronto entre as Forças Armadas e os policiais grevistas.
ACM, que renunciou ao seu mandato para fugir ao processo de cassação, viajou a Brasília hoje com César Borges. O governador tratou do deslocamento de tropas do Exercito para o Estado. ACM disse que viajou a Brasília para tratar de questões pessoais, descartando uma agenda política.
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