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14/07/2001
-
13h37
da Folha de S.Paulo, no Rio
A polícia já identificou seis dos dez policiais militares da Focco (Força Tarefa de Combate ao Crime) acusados de sequestrar e tentar extorquir um taxista na tarde de sexta-feira, em Piedade, na zona norte do Rio.
A Focco, criada no governo de Anthony Garotinho (PSB), é um grupo especializado da Secretaria da Segurança Pública formado por policiais civis e militares. Dos 30 integrantes do grupo, 22 são PMs e o restante, policiais civis.
Os outros quatro PMs acusados do crime estão presos desde ontem no Batalhão de Choque da PM. Eles vão responder por crime de extorsão mediante sequestro e tentativa de homicídio.
Na tarde de sexta-feira, o taxista Sérgio Luiz Couto, 33, foi abordado por dez PMs quando deixava o (IPEM) Instituto de Pesos e Medidas, após realizar uma vistoria em seu táxi. Os PMs pediram R$ 500 mil, valor depois negociado para R$ 200 mil. Couto ligou para a mulher, Ana Angélica de Souza Couto e pediu para que ela conseguisse o dinheiro do resgate.
A mulher do taxista procurou a polícia e pediu ajuda. Ela foi recebida pelo delegado Joel Carneiro, 58, que montou uma operação para flagrante.
Por volta das 20h, Ana Angélica foi deixada em frente à estátua do Bellini, no Maracanã (zona norte do Rio), local combinado para o pagamento do resgate. Depois de ser abordada pelos PMs, a polícia civil entrou em operação.
Houve troca de tiros entre policiais civis e militares. Dois deles atingiram o estudante universitário Victor André Mallet Martins, 28, que passava pelo local de carro.O estudante está internado no Rio Mar, na Barra (zona oeste do Rio), e seu estado é grave.
O carro Gol em que estavam os PMs bateu e três policiais foram presos em flagrante: Ronaldo Silva Araújo, Jairo Vieira da Silva e o cabo Walter Carneiro da Silva.
O major Dilo Pereira Soares Júnior, 36, coordenador de operações da Força-Tarefa, que também estava no Gol, mas fugiu, compareceu à polícia na manhã de ontem, como se não soubesse do caso. Mas como os documentos dele foram encontrados dentro do Gol, foi preso em flagrante.
Josias Quintal, secretário de Segurança Pública do Rio, disse que os policiais "escolheram ser bandidos" e, por isso, vão ser tratados como tal. "A conduta deles nos enoja", disse o secretário.
Os policiais presos afirmaram que o taxista está envolvido com o tráfico de drogas no morro de São Carlos (zona norte). Marcelo Ambrósio, delegado do Cinap (Coordenadoria de Inteligência e Apoio) da Polícia Civil, disse não consta nenhuma acusação contra o taxista na polícia, mas há indícios sobre a ligação com o tráfico. O taxista nega.
O governador do Rio, Anthony Garotinho determinou ontem a abertura de processo administrativo. Os PMs vão permanecer presos, à disposição da polícia.
Leia mais no especial sobre polícia
Polícia identifica seis PMs acusados de sequestrar taxista no Rio
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A polícia já identificou seis dos dez policiais militares da Focco (Força Tarefa de Combate ao Crime) acusados de sequestrar e tentar extorquir um taxista na tarde de sexta-feira, em Piedade, na zona norte do Rio.
A Focco, criada no governo de Anthony Garotinho (PSB), é um grupo especializado da Secretaria da Segurança Pública formado por policiais civis e militares. Dos 30 integrantes do grupo, 22 são PMs e o restante, policiais civis.
Os outros quatro PMs acusados do crime estão presos desde ontem no Batalhão de Choque da PM. Eles vão responder por crime de extorsão mediante sequestro e tentativa de homicídio.
Na tarde de sexta-feira, o taxista Sérgio Luiz Couto, 33, foi abordado por dez PMs quando deixava o (IPEM) Instituto de Pesos e Medidas, após realizar uma vistoria em seu táxi. Os PMs pediram R$ 500 mil, valor depois negociado para R$ 200 mil. Couto ligou para a mulher, Ana Angélica de Souza Couto e pediu para que ela conseguisse o dinheiro do resgate.
A mulher do taxista procurou a polícia e pediu ajuda. Ela foi recebida pelo delegado Joel Carneiro, 58, que montou uma operação para flagrante.
Por volta das 20h, Ana Angélica foi deixada em frente à estátua do Bellini, no Maracanã (zona norte do Rio), local combinado para o pagamento do resgate. Depois de ser abordada pelos PMs, a polícia civil entrou em operação.
Houve troca de tiros entre policiais civis e militares. Dois deles atingiram o estudante universitário Victor André Mallet Martins, 28, que passava pelo local de carro.O estudante está internado no Rio Mar, na Barra (zona oeste do Rio), e seu estado é grave.
O carro Gol em que estavam os PMs bateu e três policiais foram presos em flagrante: Ronaldo Silva Araújo, Jairo Vieira da Silva e o cabo Walter Carneiro da Silva.
O major Dilo Pereira Soares Júnior, 36, coordenador de operações da Força-Tarefa, que também estava no Gol, mas fugiu, compareceu à polícia na manhã de ontem, como se não soubesse do caso. Mas como os documentos dele foram encontrados dentro do Gol, foi preso em flagrante.
Josias Quintal, secretário de Segurança Pública do Rio, disse que os policiais "escolheram ser bandidos" e, por isso, vão ser tratados como tal. "A conduta deles nos enoja", disse o secretário.
Os policiais presos afirmaram que o taxista está envolvido com o tráfico de drogas no morro de São Carlos (zona norte). Marcelo Ambrósio, delegado do Cinap (Coordenadoria de Inteligência e Apoio) da Polícia Civil, disse não consta nenhuma acusação contra o taxista na polícia, mas há indícios sobre a ligação com o tráfico. O taxista nega.
O governador do Rio, Anthony Garotinho determinou ontem a abertura de processo administrativo. Os PMs vão permanecer presos, à disposição da polícia.
Leia mais no especial sobre polícia
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