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17/07/2001
-
17h54
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
Cerca de 15 mil queixas deixaram de ser registradas nas delegacias da região metropolitana de Recife em virtude da greve dos policiais civis de Pernambuco por melhores salários. O movimento, que completa hoje 15 dias, impediu também a emissão de aproximadamente 37 mil cédulas de identidade e a realização de 150 perícias de ocorrências sem mortes.
Só os casos considerados graves estão sendo registrados. Cerca de 4.000 inquéritos estão parados nas delegacias. Os trabalhos de remoção de corpos e de necropsia foram mantidos, mas os laudos não estão sendo emitidos.
As investigações de crimes, como o atentado ocorrido na noite de ontem envolvendo o prefeito de Catende (PE), Manoel Ramos de Almeida (PSDC), 71, estão prejudicadas.
Almeida foi ferido com três tiros, quando chegava na casa que possui em Recife. Ele foi atingido no peito, cabeça e pescoço e foi internado em estado grave. O diretor da Polícia Judiciária do Estado, Antonio Cavendish, suspeita de crime político.
Acionado pelo governo pernambucano, o TJ (Tribunal de Justiça do Estado) julgou a greve ilegal e fixou em R$ 20 mil a multa diária por descumprimento da ordem de retorno ao trabalho.
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado informou que a categoria, formada por cerca de 5.000 profissionais, não retornará ao trabalho sem reajuste salarial.
Os policiais reivindicam aumento de 28%, com a elevação do menor piso de R$ 74,28 para R$ 180. Com isso, o menor vencimento de um policial civil no Estado passaria de cerca de R$ 550 para R$ 700 por mês.
Para tentar garantir o reajuste, a entidade também entrou ontem na Justiça com dois mandados de segurança. Um deles pede que o governo estadual cumpra a Constituição, que proíbe o pagamento de salários inferiores ao mínimo, fixado em R$ 180.
No outro mandado, o sindicato alega que os policiais civis têm direito ao aumento "pelo princípio da isonomia". Os policiais militares obtiveram um reajuste salarial de 28%, após deflagrar uma greve no ano passado.
A Secretaria da Administração do Estado alega não dispor de meios para atender os policiais civis e informa que não vai negociar com a categoria enquanto o movimento persistir.
Os grevistas só admitem retornar ao trabalho com a reabertura das negociações. O presidente do sindicato ameaça "radicalizar", caso o governo pressione os policiais a encerrar a paralisação.
Com greve da polícia, 15 mil queixas deixam de ser registradas no PE
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da Agência Folha, em Recife
Cerca de 15 mil queixas deixaram de ser registradas nas delegacias da região metropolitana de Recife em virtude da greve dos policiais civis de Pernambuco por melhores salários. O movimento, que completa hoje 15 dias, impediu também a emissão de aproximadamente 37 mil cédulas de identidade e a realização de 150 perícias de ocorrências sem mortes.
Só os casos considerados graves estão sendo registrados. Cerca de 4.000 inquéritos estão parados nas delegacias. Os trabalhos de remoção de corpos e de necropsia foram mantidos, mas os laudos não estão sendo emitidos.
As investigações de crimes, como o atentado ocorrido na noite de ontem envolvendo o prefeito de Catende (PE), Manoel Ramos de Almeida (PSDC), 71, estão prejudicadas.
Almeida foi ferido com três tiros, quando chegava na casa que possui em Recife. Ele foi atingido no peito, cabeça e pescoço e foi internado em estado grave. O diretor da Polícia Judiciária do Estado, Antonio Cavendish, suspeita de crime político.
Acionado pelo governo pernambucano, o TJ (Tribunal de Justiça do Estado) julgou a greve ilegal e fixou em R$ 20 mil a multa diária por descumprimento da ordem de retorno ao trabalho.
O Sindicato dos Policiais Civis do Estado informou que a categoria, formada por cerca de 5.000 profissionais, não retornará ao trabalho sem reajuste salarial.
Os policiais reivindicam aumento de 28%, com a elevação do menor piso de R$ 74,28 para R$ 180. Com isso, o menor vencimento de um policial civil no Estado passaria de cerca de R$ 550 para R$ 700 por mês.
Para tentar garantir o reajuste, a entidade também entrou ontem na Justiça com dois mandados de segurança. Um deles pede que o governo estadual cumpra a Constituição, que proíbe o pagamento de salários inferiores ao mínimo, fixado em R$ 180.
No outro mandado, o sindicato alega que os policiais civis têm direito ao aumento "pelo princípio da isonomia". Os policiais militares obtiveram um reajuste salarial de 28%, após deflagrar uma greve no ano passado.
A Secretaria da Administração do Estado alega não dispor de meios para atender os policiais civis e informa que não vai negociar com a categoria enquanto o movimento persistir.
Os grevistas só admitem retornar ao trabalho com a reabertura das negociações. O presidente do sindicato ameaça "radicalizar", caso o governo pressione os policiais a encerrar a paralisação.
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