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Jovem ferida em acidente aéreo permanece internada sem previsão de alta
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da Folha Online
A adolescente Cláudia Lima Fernandes, 16, que sobreviveu ao acidente aéreo ocorrido domingo (4) na zona norte de São Paulo, permanece internada no Hospital do Servidor Público, sem previsão de alta. Ela sofreu queimaduras em aproximadamente 30% do corpo.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, responsável pela unidade, a jovem está consciente e tem quadro clínico grave e estável.
O acidente aconteceu na rua Bernardino de Sena, na Casa Verde. O avião --um Learjet prefixo PT-OVC-- caiu sobre casas logo depois de decolar do Campo de Marte. Além dos ocupantes da aeronave --piloto e co-piloto-- morreram seis pessoas da mesma família e que estavam no imóvel mais atingido. Claúdia é única integrante da família Fernandes que estava no local e sobreviveu.
Uma amiga da adolescente também ficou ferida. Laís Gonçalves da Silva Coutinho de Mello, 11, é moradora da região e estava com Cláudia em um quarto da casa quando ocorreu o acidente. Com cortes no rosto e um hematoma na coxa, ela foi medicada no Hospital do Mandaqui e teve alta ontem (5).
No acidente, além dos dois ocupantes do jato --o piloto Paulo Roberto Montezuma Firmino, 39; e o co-piloto, Alberto Soares Junior, 25--, morreram, em terra, Lina Oliveira Fernandes, 75, seu filho Aires Fernandes, 54, a mulher dele, Rosa Lima, 54, a filha mais velha do casal, Ana Maria Lima Fernandes, 21, o marido dela, Lucas de Souza Só Júnior, 20, e o filho do casal, Luan Victor de Lima Só, de dez meses.
Família
Também ontem, um tio de Cláudia afirmou ainda não saber quem ficará com a guarda da menina, depois que ela tiver alta. A jovem é filha do casal Aires e Rosa.
Lauro Fortes, 51, disse que não sabe quem ficará com a sobrinha, mas que, certamente, algum parente irá à Justiça reivindicar a guarda. "Ela tem família, não vai ficar desamparada."
Fortes contou que a família está "muito abalada" e que soube do acidente pela televisão. "Quando vi o acidente da TV, reconheci a casa."
Sobrevivente
Em casa, após deixar o hospital, a menina Laís contou a jornalistas como foi o acidente. Disse que ficou o tempo todo consciente e que gritou por socorro.
A menina afirmou não ter percebido que a casa havia sido atingida por um avião, mas relatou que o imóvel tremeu e que móveis caíram sobre ela e se mostrou preocupada com a amiga, que permanece internada.
Laís disse ter sentido medo enquanto aguardava o resgate porque estava com as pernas presas e havia inalado muita fumaça.
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