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30/08/2001
-
20h15
FÁBIO GUIBU
da Folha de S.Paulo, em Recife
Os policiais civis de Pernambuco completam nesta sexta-feira dois meses de greve por melhores salários, sem perspectiva de negociações com o governo do Estado.
Para "comemorar" a data, os grevistas pretendem espalhar faixas de protesto pela cidade criticando o governo e expondo as consequências da paralisação.
As manifestações serão itinerantes. As faixas serão instaladas em locais diferentes a cada dia, mas sempre em áreas de grande fluxo de pessoas e veículos.
O protesto, amanhã, será na avenida Agamenon Magalhães, que liga as zonas sul e norte de Recife. Amanhã, as faixas serão levadas para a praia de Boa Viagem.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco a greve já impediu o encaminhamento de 1.050 inquéritos à Justiça. Cerca de 400 homicídios deixaram de ser investigados no período.
Ainda de acordo com a entidade, 2.540 exames periciais não foram realizados pelo IML (Instituto de Medicina Legal). Aproximadamente 80 mil cédulas de identidade não foram expedidas e 64 mil queixas deixaram de ser formalizadas no Estado.
Das 54 delegacias da Grande Recife, região mais afetada pelo movimento, apenas quatro estão funcionando. O sindicato avalia em 70% o percentual de adesão à paralisação. Pernambuco tem cerca de 6.000 policiais civis.
O governo, que não divulga sua avaliação, anunciou que não vai pagar os dias parados porque a Justiça considerou a greve ilegal.
O Estado quer ainda cobrar do sindicato a multa de R$ 20 mil por dia de descumprimento da decisão. Para abater parte dessa dívida, anunciou que vai suspender o desconto feito em folha de pagamento, da contribuição sindical paga pelos policiais.
A Secretaria da Administração afirma que não tem condições de suportar um reajuste maior do que o oferecido em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal que, entre outras coisas, limita os gastos dos governos com os salários.
No Rio Grande do Norte, a greve dos policiais civis entra hoje no 32º segundo dia. A maioria das investigações está parada. Os serviços de expedição de documentos, atendimento a flagrantes e do instituto médico legal estão em funcionamento.
O sindicato da categoria exige que o governo volte atrás no projeto de extinguir a indexação das gratificações, o que as transformaria em valores absolutos que não teriam variações com reajustes salariais.
Para o governo, isso corrigiria distorções. A presidente do sindicato da categoria, Vilma Marinho César, diz que se trata de uma questão de direito adquirido.
Greve de policiais civis em PE completa dois meses
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da Folha de S.Paulo, em Recife
Os policiais civis de Pernambuco completam nesta sexta-feira dois meses de greve por melhores salários, sem perspectiva de negociações com o governo do Estado.
Para "comemorar" a data, os grevistas pretendem espalhar faixas de protesto pela cidade criticando o governo e expondo as consequências da paralisação.
As manifestações serão itinerantes. As faixas serão instaladas em locais diferentes a cada dia, mas sempre em áreas de grande fluxo de pessoas e veículos.
O protesto, amanhã, será na avenida Agamenon Magalhães, que liga as zonas sul e norte de Recife. Amanhã, as faixas serão levadas para a praia de Boa Viagem.
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco a greve já impediu o encaminhamento de 1.050 inquéritos à Justiça. Cerca de 400 homicídios deixaram de ser investigados no período.
Ainda de acordo com a entidade, 2.540 exames periciais não foram realizados pelo IML (Instituto de Medicina Legal). Aproximadamente 80 mil cédulas de identidade não foram expedidas e 64 mil queixas deixaram de ser formalizadas no Estado.
Das 54 delegacias da Grande Recife, região mais afetada pelo movimento, apenas quatro estão funcionando. O sindicato avalia em 70% o percentual de adesão à paralisação. Pernambuco tem cerca de 6.000 policiais civis.
O governo, que não divulga sua avaliação, anunciou que não vai pagar os dias parados porque a Justiça considerou a greve ilegal.
O Estado quer ainda cobrar do sindicato a multa de R$ 20 mil por dia de descumprimento da decisão. Para abater parte dessa dívida, anunciou que vai suspender o desconto feito em folha de pagamento, da contribuição sindical paga pelos policiais.
A Secretaria da Administração afirma que não tem condições de suportar um reajuste maior do que o oferecido em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal que, entre outras coisas, limita os gastos dos governos com os salários.
No Rio Grande do Norte, a greve dos policiais civis entra hoje no 32º segundo dia. A maioria das investigações está parada. Os serviços de expedição de documentos, atendimento a flagrantes e do instituto médico legal estão em funcionamento.
O sindicato da categoria exige que o governo volte atrás no projeto de extinguir a indexação das gratificações, o que as transformaria em valores absolutos que não teriam variações com reajustes salariais.
Para o governo, isso corrigiria distorções. A presidente do sindicato da categoria, Vilma Marinho César, diz que se trata de uma questão de direito adquirido.
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