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06/09/2001 - 22h01

Investigador ferido em flat de Barueri diz que meta era fama

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da Folha de S.Paulo

O prestígio profissional por prender Fernando Dutra Pinto foi a explicação dada pelo investigador Reginaldo Guatura Nardis para a ação em que ele saiu ferido e morreram os colegas Tamotsu Tamaki e Marcos Amorim Bezerra. "Qualquer policial almeja isso. Tentamos 'encanar' ele", disse Nardis, nesta quinta-feira.

Essa versão foi apresentada no depoimento de cerca de quatro horas prestado por Nardis na Delegacia de Barueri, responsável pelo inquérito que apura os dois homicídios ocorridos no flat L'Etoile, na cidade.

Ele afirmou que o delegado Bellio saiu do flat, por volta das 14h30, com o dinheiro do resgate, dizendo que pediria reforços. "Nós até ficamos um pouco tristes porque achávamos que a 'cana' [prisão] não seria nossa", disse.

Porém, de acordo com ele, o reforço "demorou muito" a chegar. O investigador não soube explicar por que Bellio levou o dinheiro para o 91º DP e deixou as armas.

O que ocorreu durante o tiroteio no flat foi classificado por Nardis como "circunstância ruim". Tamaki subiu no elevador com Fernando, e, ao sair, aplicou-lhe uma "gravata". Foi socorrido por Nardis e Bezerra.

Segundo Nardis, na luta, os quatro caíram no chão. Fernando caiu sentado, no mesmo lado que Tamaki e Bezerra, que caíram de bruços. Nardis caiu no lado oposto, tendo, entre ele e o sequestrador, os dois amigos.

Nesse momento, Fernando teria, segundo ele, sido mais rápido, sacando as armas, um revólver calibre 38 e uma pistola automática, disparando vários tiros.

Nardis também disparou _tinha um 38 carregado_, mas ele não soube dizer por que não conseguiu derrubar Fernando. Após esse breve momento, ele contou que tentou pegar a arma de um dos companheiros, que estava no chão, mas foi atingido pelo sequestrador no peito.

Ferido, Nardis disse que correu e se trancou no quarto de Fernando. Teria ouvido mais dois tiros. Depois, houve silêncio. Em seguida, o policial ligou para a mulher.


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