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03/01/2002 - 12h59

Remédios ingeridos por Dutra Pinto podem maquiar resultado de laudo

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da Folha Online

Os remédios ingeridos por Fernando Dutra Pinto podem maquiar os trabalhos da perícia, que apura o que provocou a morte do sequestrador da filha de Silvio Santos.

"Todo exame toxicológico pode ficar maquiado se uma pessoa passa por hospital e ingere remédios, mas não significa que isso tenha ocorrido neste caso", disse à Folha Online José Jarjura Jorge, diretor do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo.

Jarjura afirmou que o corpo de Dutra Pinto não apresentava marcas e os órgãos estavam intactos.

"O corpo não apresentava lesões. Havia apenas o processo infeccioso", disse. Laudo preliminar do IML aponta que Dutra Pinto morreu em consequência de uma infecção generalizada, a chamada septicemia.

O sequestrador morreu ontem à tarde, após sofrer uma parada cardiorrespiratória no CDP (Centro de Detenção Provisória) 2, no Belém, onde estava preso com o irmão, Esdras (co-autor do sequestro). Foi levado às pressas para o hospital do Tatuapé, na zona leste, mas já chegou morto.

Há suspeitas de que Dutra Pinto tenha sido envenenado. A suspeita foi levantada também por Maura Marques, advogada do sequestrador. O próprio secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, disse "estranhar" que a morte de um rapaz de 22 anos tenha sido "natural".

"Só depois dos exames poderemos afirmar alguma coisa. Ainda não tenho elementos para isso", afirmou Jarjura. "Todas as hipóteses devem ser levadas em conta."

O laudo final do IML deve ficar pronto entre 15 e 30 dias.

Crime cinematográfico
Dutra Pinto planejou e executou o sequestro de Patrícia Abravanel, 24, quarta filha do apresentador e empresário Silvio Santos, em agosto do ano passado.

Dois dias depois de libertar a garota, ele invadiu a casa do empresário e o manteve refém por cerca de sete horas.

Era o dia 30 de agosto. No dia anterior, 29, ele foi descoberto pela polícia num flat de Barueri, na Grande São Paulo.

Na ocasião, dois policiais civis morreram baleados. Ele foi acusado de matar os policiais no flat, mas ele sempre negou esses crimes.

Nem Silvio Santos, nem o governador Geraldo Alckmin _que foram convocados como testemunhas de defesa pela advogada de Dutra Pinto_ quiseram comentar a morte.

Leia mais sobre a morte de Dutra Pinto

 

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