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23/01/2002
-
20h53
da Folha de S.Paulo, no Rio
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio tem levado até uma semana para enviar agentes sanitários a locais que apresentam focos de dengue denunciados pelo Tele-Comlurb _ serviço de atendimento telefônico que a prefeitura colocou à disposição do público.
Especialistas afirmam que cinco dias úteis _ prazo informado pelas atendentes para que um agente visite o local denunciado _ é um período longo demais para combater focos do mosquito Aedes aegypti numa cidade com epidemia da doença anunciada. "A resposta teria que ser imediata", disse o professor de infectologia da UFRJ, Edmilson Nigowski.
"A incubação do vírus acontece em torno de três a cinco dias. Em seis dias a pessoa passa de saudável a doente", afirmou Nigowski.
O secretário municipal de Saúde, Ronaldo Cezar Coelho, afirma que a demora no atendimento à população acontece porque o serviço de atendimento da secretaria está em "uma situação de colapso."
Coelho _ que semana passada, durante visita a casa com focos de dengue no subúrbio do Rio encorajou a população a utilizar os serviços do Tele-Comlurb _ mudou o discurso hoje. "É a própria pessoa que tem que combater os focos de dengue e não transferir a responsabilidade", disse.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou novo boletim, com 1.657 notificações da doença, sendo 29 hemorrágicos. Nos primeiros 22 dias do mês, o numero de notificações de dengue no município já é de mais que o triplo dos 504 casos notificados em todo o mês de janeiro do ano passado.
Custo
Uma pesquisa realizada pelo Dieese, a pedido do Sindsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Rio de Janeiro), revela que os agentes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) deslocados de outros Estados para auxiliar no combate à dengue no Rio custam, por mês, cinco vezes mais que os mata-mosquitos demitidos há dois anos.
De acordo com o estudo, baseado no decreto 343 de 19 de novembro de 1991, o custo com diárias e deslocamento de cada um dos mil funcionários que a Funasa pretende deslocar para o Estado será de R$ 3.699,00, fora o salário e encargos trabalhistas.
Em contrapartida, a pesquisa mostra que cada um dos 5.792 mata-mosquitos custava à União cerca de R$ 1.000,00, entre salários, benefícios e encargos trabalhistas.
Agentes sanitários do Rio levam 5 dias para combater focos da dengue
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A Secretaria Municipal de Saúde do Rio tem levado até uma semana para enviar agentes sanitários a locais que apresentam focos de dengue denunciados pelo Tele-Comlurb _ serviço de atendimento telefônico que a prefeitura colocou à disposição do público.
Especialistas afirmam que cinco dias úteis _ prazo informado pelas atendentes para que um agente visite o local denunciado _ é um período longo demais para combater focos do mosquito Aedes aegypti numa cidade com epidemia da doença anunciada. "A resposta teria que ser imediata", disse o professor de infectologia da UFRJ, Edmilson Nigowski.
"A incubação do vírus acontece em torno de três a cinco dias. Em seis dias a pessoa passa de saudável a doente", afirmou Nigowski.
O secretário municipal de Saúde, Ronaldo Cezar Coelho, afirma que a demora no atendimento à população acontece porque o serviço de atendimento da secretaria está em "uma situação de colapso."
Coelho _ que semana passada, durante visita a casa com focos de dengue no subúrbio do Rio encorajou a população a utilizar os serviços do Tele-Comlurb _ mudou o discurso hoje. "É a própria pessoa que tem que combater os focos de dengue e não transferir a responsabilidade", disse.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou novo boletim, com 1.657 notificações da doença, sendo 29 hemorrágicos. Nos primeiros 22 dias do mês, o numero de notificações de dengue no município já é de mais que o triplo dos 504 casos notificados em todo o mês de janeiro do ano passado.
Custo
Uma pesquisa realizada pelo Dieese, a pedido do Sindsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social do Rio de Janeiro), revela que os agentes da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) deslocados de outros Estados para auxiliar no combate à dengue no Rio custam, por mês, cinco vezes mais que os mata-mosquitos demitidos há dois anos.
De acordo com o estudo, baseado no decreto 343 de 19 de novembro de 1991, o custo com diárias e deslocamento de cada um dos mil funcionários que a Funasa pretende deslocar para o Estado será de R$ 3.699,00, fora o salário e encargos trabalhistas.
Em contrapartida, a pesquisa mostra que cada um dos 5.792 mata-mosquitos custava à União cerca de R$ 1.000,00, entre salários, benefícios e encargos trabalhistas.
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