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23/01/2002 - 22h22

"Delator" de sequestro de Daniel queria recompensa de R$ 50 mil

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da Agência Folha

As polícias Civil e Militar de Minas Gerais desmentiram na noite desta quarta-feira a informação dada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, de que dois suspeitos de participação na morte de Celso Daniel estariam presos na Delegacia de Poços de Caldas (sul do Estado, quase na divisa com São Paulo).

A Secretaria da Segurança Pública de Minas informou que nenhum suspeito do caso foi preso no Estado hoje. O caso que teria suscitado a confusão, aparentemente, ocorreu em Monte Sião, próximo a Poços de Caldas, e o "suspeito" seria liberado pela polícia ainda na noite de hoje.

Ainda na delegacia de Monte Sião, o vendedor Fábio Bernardes, 29, disse por telefone à reportagem que estava atrás da recompensa de R$ 50 mil anunciada pelo governador Geraldo Alckmin para quem desse informações que levassem aos autores do assassinato do prefeito de Santo André.

De acordo com a polícia de Monte Sião, o vendedor Bernardes --que mora há sete meses na cidade-- se apresentou na madrugada de ontem na delegacia local dizendo que tinha informações sobre o "crime organizado" em Santo André.

"Ele apresentava sinais de estar bastante embriagado, mas, mesmo assim, tomamos um depoimento informal", disse o delegado Artur Ribeiro da Silva, de Monte Sião. O vendedor disse à polícia alguns apelidos de supostos criminosos da cidade e afirmou que tinha informações de que o sequestro de Celso Daniel teria sido um crime político, não comum.

Diante disso, os policiais militares da cidade telefonaram para a polícia paulista, que teria enviado, segundo eles, delegados e policiais ainda ontem para a cidade, para tomar o depoimento do suspeito.

"Tomei umas e outras e falei bobagem. Achei que o dinheiro [da recompensa] vinha na hora, então fiz bobagem. Morei por dois anos em Santo André, dei algumas informações sobre o crime organizado na cidade, mas acho que vou ficar conhecido como o maior porre do ano", afirmou.

Ouvido por cerca de uma hora, o vendedor foi liberado em seguida pela polícia. Na noite de hoje, Bernardes se apresentou novamente à delegacia, dizendo que estava com medo da repercussão que o caso tomou.

"Ele explicou que a bebida é que fez ele dizer aquilo tudo. Não há nenhuma razão para que o mantenhamos preso. Com certeza, ele não sabe nada sobre o caso do prefeito", disse o delegado.

Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
 

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