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21/02/2002
-
10h00
MILENA BUOSI
da Folha Online
O preso Andrelisom dos Santos Oliveira, 22, o Cara Seca, deverá ser transferido hoje da carceragem da Polícia Federal para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Não há confirmação se ele prestará depoimento hoje à Polícia Civil, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Cara Seca foi preso na última segunda-feira na Bahia pela PF e é suspeito de integrar a quadrilha que sequestrou e assassinou o prefeito petista Celso Daniel, de Santo André. Ele foi ouvido ontem na PF de São Paulo, mas o teor do depoimento não foi revelado. Sabe-se que ele negou participação no crime, mas apontou seu irmão, Rodolfo Rodrigues dos Santos Oliveira, o Bozinho, como integrante do grupo.
A Polícia Civil identificou seis integrantes da quadrilha. Além de Bozinho e Cara Seca, fariam parte do grupo Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro _apontado como o líder_, Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato, Itamar Messias dos Santos e Mauro Sérgio Santos de Souza, o Serginho. Eles estão foragidos. Todos tiveram o retratado falado divulgado ontem, com exceção de Bozinho.
O grupo seria autor de diversos sequestros relâmpagos e usariam como cativeiro a favela Pantanal, na zona sul de São Paulo. Na favela, a Polícia Civil encontrou documento de um plano de saúde em nome de Celso Daniel, além de uma Blazer queimada.
A divulgação dos retratos falados causou problemas entre o DHPP e o Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado). O DHPP não queria que os retratos fossem liberados para a imprensa, opinião contrária do Deic.
O DHPP é responsável pelo inquérito da morte de Celso Daniel. No entanto, quem "descobriu" o grupo da favela Pantanal foi o delegado Edson Santi, do Deic.
Celso Daniel foi sequestrado em 18 de janeiro, após sair de um restaurante na zona sul de São Paulo. Ele estava acompanhado pelo amigo e empresário Sérgio Gomes da Silva. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, em uma estrada de terra em Juquitiba, na Grande São Paulo.
Reunião
O prefeito de Santo André, João Avamileno, se reúne hoje com o governador Geraldo Alckmin. Segundo a assessoria da prefeitura, além de cobrar mais segurança para o município e informações sobre as investigações do crime, Avamileno vai denunciar o tratamento que a polícia teria dado às testemunhas ouvidas no inquérito.
Segundo o prefeito, testemunhas ligadas ao PT, amigos e funcionários de Celso Daniel foram intimidadas pela polícia durante os interrogatórios. Elas não foram agredidas, mas ameaçadas e ofendidas, segundo Avamileno. O tratamento teria ocorrido com pessoas de classe social mais baixa.
Também deverão participar da reunião secretários, vereadores e deputados da região de Santo André.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Veja animação: como ocorreu o crime
Saiba quem foi Celso Daniel
Suspeito da morte de Celso Daniel será transferido para o DHPP
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da Folha Online
O preso Andrelisom dos Santos Oliveira, 22, o Cara Seca, deverá ser transferido hoje da carceragem da Polícia Federal para o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Não há confirmação se ele prestará depoimento hoje à Polícia Civil, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Cara Seca foi preso na última segunda-feira na Bahia pela PF e é suspeito de integrar a quadrilha que sequestrou e assassinou o prefeito petista Celso Daniel, de Santo André. Ele foi ouvido ontem na PF de São Paulo, mas o teor do depoimento não foi revelado. Sabe-se que ele negou participação no crime, mas apontou seu irmão, Rodolfo Rodrigues dos Santos Oliveira, o Bozinho, como integrante do grupo.
A Polícia Civil identificou seis integrantes da quadrilha. Além de Bozinho e Cara Seca, fariam parte do grupo Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro _apontado como o líder_, Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato, Itamar Messias dos Santos e Mauro Sérgio Santos de Souza, o Serginho. Eles estão foragidos. Todos tiveram o retratado falado divulgado ontem, com exceção de Bozinho.
O grupo seria autor de diversos sequestros relâmpagos e usariam como cativeiro a favela Pantanal, na zona sul de São Paulo. Na favela, a Polícia Civil encontrou documento de um plano de saúde em nome de Celso Daniel, além de uma Blazer queimada.
A divulgação dos retratos falados causou problemas entre o DHPP e o Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado). O DHPP não queria que os retratos fossem liberados para a imprensa, opinião contrária do Deic.
O DHPP é responsável pelo inquérito da morte de Celso Daniel. No entanto, quem "descobriu" o grupo da favela Pantanal foi o delegado Edson Santi, do Deic.
Celso Daniel foi sequestrado em 18 de janeiro, após sair de um restaurante na zona sul de São Paulo. Ele estava acompanhado pelo amigo e empresário Sérgio Gomes da Silva. Seu corpo foi encontrado dois dias depois, em uma estrada de terra em Juquitiba, na Grande São Paulo.
Reunião
O prefeito de Santo André, João Avamileno, se reúne hoje com o governador Geraldo Alckmin. Segundo a assessoria da prefeitura, além de cobrar mais segurança para o município e informações sobre as investigações do crime, Avamileno vai denunciar o tratamento que a polícia teria dado às testemunhas ouvidas no inquérito.
Segundo o prefeito, testemunhas ligadas ao PT, amigos e funcionários de Celso Daniel foram intimidadas pela polícia durante os interrogatórios. Elas não foram agredidas, mas ameaçadas e ofendidas, segundo Avamileno. O tratamento teria ocorrido com pessoas de classe social mais baixa.
Também deverão participar da reunião secretários, vereadores e deputados da região de Santo André.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
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