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23/02/2002
-
01h10
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
A Secretaria da Segurança Pública confirmou ontem a primeira prova da participação do office-boy Itamar Messias dos Santos, 21, e da quadrilha sediada na favela Pantanal (zona sul de São Paulo) no sequestro do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT).
A perícia concluiu que um vestígio de impressão digital encontrado na parte externa de um dos vidros da Pajero em que Daniel estava é de Itamar.
A namorada do office-boy, ouvida ontem no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), complicou ainda mais a situação de Itamar. Segundo ela, o namorado disse que fugiria porque participou do crime e estava preocupado com a repercussão do caso. Até ontem, a polícia confirmava a suspeita sobre Itamar com base em depoimentos de moradores da favela.
A polícia não tem dúvidas de que membros da quadrilha sediada na favela mataram Daniel. "A autoria já sabemos, precisamos agora descobrir a motivação", disse o secretário Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública).
Além de Itamar, a polícia identificou outros cinco suspeitos: Andrelisom dos Santos Oliveira, o Cara Seca, preso em Vitória da Conquista (BA); Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro; Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato; Mário Sérgio Santo de Souza, o Serginho; e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho.
Itamar faria parte de uma quadrilha que fazia sequestros relâmpagos e usava a favela como cativeiro. "Todas as evidências apontam para crime comum", disse ontem o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT).
O IC (Instituto de Criminalística) entregou ontem à polícia 23 laudos sobre o caso Daniel. Entre as principais conclusões, adiantadas ontem pela Folha, está a confirmação da grande compatibilidade entre a tinta da Pajero e pigmentos identificados em uma Blazer usada pelos sequestradores, que foi encontrada na favela.
Os peritos ainda terão de finalizar mais três laudos: exames microquímicos de solo para confirmar se Daniel ficou em um cativeiro na favela, análises complementares da fita do circuito interno restaurante Rubaiyat _onde o prefeito jantou antes de ser sequestrado_ e o laudo da reconstituição do crime.
Leia mais sobre o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel
Veja animação: como ocorreu o crime
Saiba quem foi Celso Daniel
Polícia identifica primeiro envolvido no sequestro de Celso Daniel
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da Folha de S.Paulo
A Secretaria da Segurança Pública confirmou ontem a primeira prova da participação do office-boy Itamar Messias dos Santos, 21, e da quadrilha sediada na favela Pantanal (zona sul de São Paulo) no sequestro do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT).
A perícia concluiu que um vestígio de impressão digital encontrado na parte externa de um dos vidros da Pajero em que Daniel estava é de Itamar.
A namorada do office-boy, ouvida ontem no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), complicou ainda mais a situação de Itamar. Segundo ela, o namorado disse que fugiria porque participou do crime e estava preocupado com a repercussão do caso. Até ontem, a polícia confirmava a suspeita sobre Itamar com base em depoimentos de moradores da favela.
A polícia não tem dúvidas de que membros da quadrilha sediada na favela mataram Daniel. "A autoria já sabemos, precisamos agora descobrir a motivação", disse o secretário Saulo de Castro Abreu Filho (Segurança Pública).
Além de Itamar, a polícia identificou outros cinco suspeitos: Andrelisom dos Santos Oliveira, o Cara Seca, preso em Vitória da Conquista (BA); Ivan Rodrigues da Silva, o Monstro; Juscelino da Costa Barros, o Cara de Gato; Mário Sérgio Santo de Souza, o Serginho; e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira, o Bozinho.
Itamar faria parte de uma quadrilha que fazia sequestros relâmpagos e usava a favela como cativeiro. "Todas as evidências apontam para crime comum", disse ontem o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh (PT).
O IC (Instituto de Criminalística) entregou ontem à polícia 23 laudos sobre o caso Daniel. Entre as principais conclusões, adiantadas ontem pela Folha, está a confirmação da grande compatibilidade entre a tinta da Pajero e pigmentos identificados em uma Blazer usada pelos sequestradores, que foi encontrada na favela.
Os peritos ainda terão de finalizar mais três laudos: exames microquímicos de solo para confirmar se Daniel ficou em um cativeiro na favela, análises complementares da fita do circuito interno restaurante Rubaiyat _onde o prefeito jantou antes de ser sequestrado_ e o laudo da reconstituição do crime.
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