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03/04/2002 - 08h03

Cetesb apura contaminação em Campinas

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da Folha Campinas

Técnicos da Cetesb se reúnem hoje para analisar o primeiro relatório que apura a suposta contaminação do solo e do lençol freático sob o residencial Parque Primavera, no bairro Mansões Santo Antônio, em Campinas (95 km de SP).

A presença de solventes halogenados e aromáticos no local foi comprovada há dez dias e resultou no isolamento da área, solicitado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo).

As 42 famílias que adquiriram os apartamentos há quase dois anos continuam no local.

"As primeiras análises feitas na área não constataram riscos aos moradores, por isso, não há a necessidade de remoção", disse Fernando Iorio Carbonari, gerente regional da Cetesb.

Para o toxicologista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Ângelo Trapé, dependendo da concentração dos solventes no local e do tempo de exposição aos gases, moradores e operários que trabalharam na obra poderiam ser contaminados.

"O ideal seria o monitoramento dessas pessoas", afirmou.

Antes do início das obras, a área do residencial já era considerada de risco pela Cetesb. O relatório vai apontar, especificamente, a quantidade de solventes que está depositado na área.

"Ainda será feita uma investigação mais detalhada para apurar a necessidade de recuperação do solo", afirmou Carbonari.

Além do isolamento da área, a venda do restante dos imóveis, que ainda estão em construção, foi suspensa.

A movimentação do solo foi proibida para evitar a emissão de gases do solo.

A construtora responsável pelo residencial é a Concima S.A. Construções Civis, de São Paulo, que adquiriu o terreno da Proquima Produtos Químicos Ltda.

A empresa de manipulação de solventes químicos funcionou no local por 25 anos.

O Ministério Público acompanha os trabalhos. "O relatório vai dimensionar a extensão da contaminação. Após as análises, vamos apurar as responsabilidades", disse o promotor Geraldo Navarro Cabañas.

O assessor da diretoria da Concima, Luiz Augusto Filho, afirmou que a construtora não tinha conhecimento de que a área estava contaminada.

Nenhum representante da Proquima entrou em contato com a Folha, após os recados deixados pela reportagem na secretaria eletrônica da empresa.

"Enquanto as análises não forem concluídas, estamos preocupados", disse a moradora do residencial Ana Paula Ortolan, 29.
 

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