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20/07/2000
-
16h25
FERNANDA SANTIAGO, da Agência Folha
Amostras coletadas no rio Iguaçu não apresentaram contaminação por compostos de petróleo. O material foi colhido, durante a madrugada desta quinta, em trechos do rio em Porto Amazonas (a 84 km do local do acidente) e em São Mateus do Sul (a 174 km).
O estudo foi feito por técnicos da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) e do Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento), que estão monitorando a situação no rio, a fim de acompanhar um eventual avanço do óleo que vazou da Repar.
O engenheiro químico encarregado pelas análises, Luiz Eduardo Caron, disse que as barreiras de contenção, situadas entre Araucária (PR) e Balsa Nova (PR), estão sendo eficientes.
Caron afirmou que o objetivo dos trabalhos é verificar se o rio contém elementos leves do petróleo, como o hidrocarboneto, "que se soltam da mancha e se misturam na água".
A preocupação maior é com os municípios de União da Vitória (PR) e Porto União (SC), que são abastecidos pelo rio Iguaçu.
Por esse motivo, as análises serão feitas a cada oito horas, até que fique constatado que não há risco de contaminação na estação de captação da Sanepar em União da Vitória. A estação abastece cerca de 73 mil pessoas.
No rio Barigui, local do acidente, haverá, por tempo indeterminado, a coleta de amostras de água em quatro pontos do rio e em sua foz.
O acidente com o oleoduto da Petrobras atingiu a única área remanescente de várzea do rio, onde ainda existiam reservas florestais e fauna nativa.
Equipes formadas pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e voluntários de organizações não-governamentais estão procurando animais atingidos pelo óleo. As equipes, formadas por biólogos, têm o apoio de 12 carros e de 12 barcos.
De acordo com o laudo parcial do IAP, dos 27 animais que foram resgatados, 22 morreram. Entre as espécies estão aves (como o bem-te-vi, o martim-pescador e a marreca) e o cágado.
Ainda não há uma avaliação dos danos ambientais e dos prejuízos financeiros causados pelo acidente.
O relatório de impacto, elaborado pelo IAP, pelo Ibama e por outras entidades, deve ser concluído amanhã.
A partir dele, o governo paranaense e a Prefeitura de Araucária estipularão valores de indenização e as possíveis medidas jurídicas cabíveis.
Clique aqui para ler mais notícias sobre o vazamento de óleo no Paraná na Folha Online.
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Análise da água do rio Iguaçu não está contaminada por compostos de petróleo
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Amostras coletadas no rio Iguaçu não apresentaram contaminação por compostos de petróleo. O material foi colhido, durante a madrugada desta quinta, em trechos do rio em Porto Amazonas (a 84 km do local do acidente) e em São Mateus do Sul (a 174 km).
O estudo foi feito por técnicos da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) e do Lactec (Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento), que estão monitorando a situação no rio, a fim de acompanhar um eventual avanço do óleo que vazou da Repar.
O engenheiro químico encarregado pelas análises, Luiz Eduardo Caron, disse que as barreiras de contenção, situadas entre Araucária (PR) e Balsa Nova (PR), estão sendo eficientes.
Caron afirmou que o objetivo dos trabalhos é verificar se o rio contém elementos leves do petróleo, como o hidrocarboneto, "que se soltam da mancha e se misturam na água".
A preocupação maior é com os municípios de União da Vitória (PR) e Porto União (SC), que são abastecidos pelo rio Iguaçu.
Por esse motivo, as análises serão feitas a cada oito horas, até que fique constatado que não há risco de contaminação na estação de captação da Sanepar em União da Vitória. A estação abastece cerca de 73 mil pessoas.
No rio Barigui, local do acidente, haverá, por tempo indeterminado, a coleta de amostras de água em quatro pontos do rio e em sua foz.
O acidente com o oleoduto da Petrobras atingiu a única área remanescente de várzea do rio, onde ainda existiam reservas florestais e fauna nativa.
Equipes formadas pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e voluntários de organizações não-governamentais estão procurando animais atingidos pelo óleo. As equipes, formadas por biólogos, têm o apoio de 12 carros e de 12 barcos.
De acordo com o laudo parcial do IAP, dos 27 animais que foram resgatados, 22 morreram. Entre as espécies estão aves (como o bem-te-vi, o martim-pescador e a marreca) e o cágado.
Ainda não há uma avaliação dos danos ambientais e dos prejuízos financeiros causados pelo acidente.
O relatório de impacto, elaborado pelo IAP, pelo Ibama e por outras entidades, deve ser concluído amanhã.
A partir dele, o governo paranaense e a Prefeitura de Araucária estipularão valores de indenização e as possíveis medidas jurídicas cabíveis.
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