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18/06/2002 - 08h04

CET vai acabar com as faixas solidárias

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da Folha de S.Paulo

A CET vai extinguir ainda neste ano as últimas faixas solidárias do trânsito da cidade de São Paulo, implantadas para incentivar as caronas e a circulação de veículos com dois ou mais ocupantes.

A medida consta de um pacote de mudanças na operação do tráfego na capital paulista anunciadas ontem pela administração Marta Suplicy. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tomou a decisão por causa da ociosidade das quatro pistas que ainda abrigam as faixas solidárias.

A proposta foi colocada em prática em São Paulo em 1997 e, desde então, oito vias chegaram a recebê-la, totalizando 12 km. A idéia inicial era separar uma faixa reversível nos horários de pico exclusivamente para a circulação de veículos com três ou mais ocupantes _meses depois, por causa da baixa adesão, a companhia decidiu liberá-la também para veículos com dois ocupantes.

O descumprimento da norma é considerado infração média, podendo resultar em multa de R$ 85,13 e perda de quatro pontos.

A faixa solidária costuma ser elogiada por especialistas como uma forma de combate ao individualismo no trânsito. A capital paulista tem atualmente a média de 1,2 ocupante por veículo.

Quando Marta assumiu, havia seis vias de São Paulo com faixas solidárias. Uma foi desativada em novembro de 2001 _a da marginal Pinheiros. A segunda, em fevereiro deste ano _ponte Jurubatuba-av.Interlagos. As quatro que ainda restam e que devem ser extintas nas próximas semanas são: ponte das Bandeiras; av. Luiz Dumont Villares; ponte do Piqueri e ponte João Dias.

"É uma pena. É um problema cultural, os motoristas são individualistas. As faixas já estavam até ficando perigosas por causa da velocidade", diz Irineu Gnecco Filho, diretor de operações da CET.

Segundo ele, a faixa solidária extinta na marginal Pinheiros recebia só 394 veículos por hora e a da avenida Interlagos, 650. A capacidade dessas pistas beirava 1.200 veículos por hora. Depois da desativação do projeto, a utilização dessas faixas quase dobrou.

Gnecco Filho afirma que as faixas solidárias serão transformadas em faixas reversíveis para todos os veículos. A capital paulista tem hoje 17 faixas reversíveis, que somam 28 km. Elas são montadas com cones e cavaletes por funcionários da CET, nos horários de pico, na contramão do sentido de tráfego menos carregado.

Mais sete vias receberão essas pistas reversíveis, totalizando 37 km _Radial Leste, avenidas Robert Kennedy, Melo Peixoto, Guarapiranga, Anhaia Melo, Prefeito Passos, Governador Abreu Sodré e Eusébio Matoso.

Frota
A CET entregou ontem 50 novas caminhonetes, aumentando em 35% a frota atual da companhia desse tipo de veículo. Também serão comprados pela empresa 20 novos guinchos, totalizando 35.

As mudanças na operação do tráfego vão priorizar 234 km de vias estratégicas, onde a quantidade de marronzinhos deverá aumentar de 240 para 370. Gnecco Filho disse que estuda a possibilidade de treinar os 400 funcionários do sistema de estacionamento zona azul para atuar na orientação do trânsito, exercendo parte das funções dos marronzinhos.

Os projetos da CET prevêem ainda em 2002 a instalação de cem travessias iluminadas (hoje são 1.200), a ampliação da operação Via Livre (que dá prioridade ao transporte coletivo) de oito para 20 corredores, além da revisão semafórica, dobrando a quantidade de semáforos no amarelo piscante à noite (de 130 para 260).

A CET vai contar ainda com a instalação de 70 novas lombadas eletrônicas dentro de sete meses. Hoje, elas são 31. A ampliação está prevista na licitação vencida pelo consórcio Perkons/Consladel.
(ALENCAR IZIDORO)
 

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