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05/09/2003
-
08h22
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Familiares do garçom V.S.S., 25, afirmaram que ele foi agredido no dia da prisão para confessar a autoria do assassinato do empresário José Nelson Schincariol, 60, e denunciaram o caso à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo.
Silva foi libertado às 14h de ontem, depois de 16 dias na prisão, e escoltado pela polícia até a porta da sua casa, na periferia de Itu (103 km de São Paulo).
Segundo Valdomiro, 28, irmão do garçom, policiais que invadiram a casa da família, sem mandado judicial, no dia 19 de agosto, deram uma "gravata" em S. para que ele confessasse o crime e apontasse os nomes dos supostos comparsas.
O irmão conta que o garçom foi então levado para um local desconhecido e só depois para o 3º DP de Itu. Segundo a família, a casa foi invadida por policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, e agentes da guarda municipal de Itu.
Valdomiro e a mãe do garçom, Lourdes, 56, foram à Corregedoria denunciar a invasão da casa e também outro abuso de poder que teria acontecido no dia seguinte.
Segundo Valdomiro, policiais civis voltaram à casa da família no dia 20 com a justificativa de que teriam de levar roupas para seu irmão. Ao recusar a entrada, segundo ele, foi segurado pelo pescoço e xingado com palavrões pelos policiais.
A assessoria da Secretaria da Segurança Pública afirmou que a Corregedoria abriu uma apuração preliminar, mas que não iria comentar as denúncias nem as apurações.
S. não falou com a imprensa ontem. No banco de trás de um carro de polícia, cercado por policiais civis, a caminho de casa, o garçom disse apenas uma frase, em favor da corporação: "Eu só tenho de agradecer ao Deic [departamento que fez a prisão dos outros quatro suspeitos, o que revelou a inocência do garçom]".
O juiz José Fernando Azevedo Minhoto, de Itu, que revogou a prisão do garçom ontem, afirmou que a entrada dos policiais na casa foi ilegal. "Fiquei sabendo da prisão pela TV", disse. Minhoto afirmou que a polícia foi "imprudente" por ter divulgado informações sobre o garçom.
Minhoto disse que autorizou a prisão de S. no último dia 20 --decisão revogada por ele mesmo-- porque a polícia apresentou testemunha que garantia ter visto o garçom na cena do crime. Ontem, ele também decretou a prisão temporária dos quatro suspeitos presos nesta semana.
Família afirma que garçom foi agredido por policiais
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da Folha de S.Paulo
Familiares do garçom V.S.S., 25, afirmaram que ele foi agredido no dia da prisão para confessar a autoria do assassinato do empresário José Nelson Schincariol, 60, e denunciaram o caso à Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo.
Silva foi libertado às 14h de ontem, depois de 16 dias na prisão, e escoltado pela polícia até a porta da sua casa, na periferia de Itu (103 km de São Paulo).
Segundo Valdomiro, 28, irmão do garçom, policiais que invadiram a casa da família, sem mandado judicial, no dia 19 de agosto, deram uma "gravata" em S. para que ele confessasse o crime e apontasse os nomes dos supostos comparsas.
O irmão conta que o garçom foi então levado para um local desconhecido e só depois para o 3º DP de Itu. Segundo a família, a casa foi invadida por policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, e agentes da guarda municipal de Itu.
Valdomiro e a mãe do garçom, Lourdes, 56, foram à Corregedoria denunciar a invasão da casa e também outro abuso de poder que teria acontecido no dia seguinte.
Segundo Valdomiro, policiais civis voltaram à casa da família no dia 20 com a justificativa de que teriam de levar roupas para seu irmão. Ao recusar a entrada, segundo ele, foi segurado pelo pescoço e xingado com palavrões pelos policiais.
A assessoria da Secretaria da Segurança Pública afirmou que a Corregedoria abriu uma apuração preliminar, mas que não iria comentar as denúncias nem as apurações.
S. não falou com a imprensa ontem. No banco de trás de um carro de polícia, cercado por policiais civis, a caminho de casa, o garçom disse apenas uma frase, em favor da corporação: "Eu só tenho de agradecer ao Deic [departamento que fez a prisão dos outros quatro suspeitos, o que revelou a inocência do garçom]".
O juiz José Fernando Azevedo Minhoto, de Itu, que revogou a prisão do garçom ontem, afirmou que a entrada dos policiais na casa foi ilegal. "Fiquei sabendo da prisão pela TV", disse. Minhoto afirmou que a polícia foi "imprudente" por ter divulgado informações sobre o garçom.
Minhoto disse que autorizou a prisão de S. no último dia 20 --decisão revogada por ele mesmo-- porque a polícia apresentou testemunha que garantia ter visto o garçom na cena do crime. Ontem, ele também decretou a prisão temporária dos quatro suspeitos presos nesta semana.
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