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11/11/2003
-
11h49
da Folha Online
Peritos do IML (Instituto Médico Legal) disseram acreditar, em um exame preliminar, que a estudante Liana Friedenbach, 16, tenha sido assassinada há cerca de 48 horas. O namorado dela, o estudante Felipe Silva Caffé, 19, teria sido morto dois dias antes.
O casal estava desaparecido desde o dia 31, quando saiu para acampar em um sítio abandonado em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.
Felipe foi morto com um tiro na nuca. Havia manchas esverdeadas no abdômen do estudante, o que indica que seu corpo foi encontrado em adiantado estado de decomposição.
Liana foi quase degolada. Ela também foi golpeada com faca pelo menos 19 vezes. A estudante tinha sinais de facadas nas costas e no tórax, além de uma grande perfuração no topo da cabeça.
Peritos, que ficaram surpresos com a crueldade do assassinato, disseram acreditar que a estudante tenha sofrido muito antes da morte.
A polícia desconfia que a estudante tenha sido violentada. No entanto, peritos evitam fazer afirmações. Eles disseram que, inicialmente, não foram encontrados vestígios de violência sexual e que somente os resultados dos exames confirmarão se houve ou não estupro.
Os corpos da vítima foram liberados nesta manhã do IML. Felipe será enterrado nesta tarde no cemitério da Vila Alpina, na zona leste de São Paulo, e Liana, no Cemitério Israelita do Butantã, na zona oeste.
"Desequilibrado"
O adolescente R.A.C., 16, foi detido na última segunda-feira acusado de envolvimento nas mortes. Policiais disseram que o rapaz é "desequilibrado".
Conforme a polícia, R.A.C. entrou em contradição e apresentou diferentes versões para o caso. Ao ser detido, disse que a intenção era, inicialmente, roubar o casal. Depois, o adolescente disse que iria sequestrar os estudantes.
Ainda de acordo com a polícia, o acusado afirmou, em um primeiro momento, que "passou algo" pela sua cabeça e que sentiu "uma vontade de matar". O adolescente disse também que outros dois comparsas estão envolvidos no crime.
A polícia retornará ao local onde os corpos foram encontrados, na divisa entre Juquitiba e Embu-Guaçu, e tentará obter informações sobre os outros suspeitos.
Viagem
Liana e Felipe estavam desaparecidos desde o dia 31, quando foram acampar. Eles mentiram para os pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela, no litoral, com um grupo de jovens da comunidade israelita. Os pais de Felipe disseram que sabiam que o rapaz iria acampar, mas acreditavam que ele estaria com amigos.
Os pais descobriram a mentira dois dias depois de os estudantes viajarem, porque eles não retornavam para casa. Para chegar ao sítio, o casal pegou um ônibus para Embu-Guaçu, em uma viagem de cerca de duas horas. Na cidade, compraram miojo, água, biscoitos e leite em pó.
De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.
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Peritos do IML (Instituto Médico Legal) disseram acreditar, em um exame preliminar, que a estudante Liana Friedenbach, 16, tenha sido assassinada há cerca de 48 horas. O namorado dela, o estudante Felipe Silva Caffé, 19, teria sido morto dois dias antes.
O casal estava desaparecido desde o dia 31, quando saiu para acampar em um sítio abandonado em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo.
Felipe foi morto com um tiro na nuca. Havia manchas esverdeadas no abdômen do estudante, o que indica que seu corpo foi encontrado em adiantado estado de decomposição.
Reprodução |
Os estudantes Felipe e Liana |
Peritos, que ficaram surpresos com a crueldade do assassinato, disseram acreditar que a estudante tenha sofrido muito antes da morte.
A polícia desconfia que a estudante tenha sido violentada. No entanto, peritos evitam fazer afirmações. Eles disseram que, inicialmente, não foram encontrados vestígios de violência sexual e que somente os resultados dos exames confirmarão se houve ou não estupro.
Os corpos da vítima foram liberados nesta manhã do IML. Felipe será enterrado nesta tarde no cemitério da Vila Alpina, na zona leste de São Paulo, e Liana, no Cemitério Israelita do Butantã, na zona oeste.
"Desequilibrado"
O adolescente R.A.C., 16, foi detido na última segunda-feira acusado de envolvimento nas mortes. Policiais disseram que o rapaz é "desequilibrado".
Conforme a polícia, R.A.C. entrou em contradição e apresentou diferentes versões para o caso. Ao ser detido, disse que a intenção era, inicialmente, roubar o casal. Depois, o adolescente disse que iria sequestrar os estudantes.
Ainda de acordo com a polícia, o acusado afirmou, em um primeiro momento, que "passou algo" pela sua cabeça e que sentiu "uma vontade de matar". O adolescente disse também que outros dois comparsas estão envolvidos no crime.
A polícia retornará ao local onde os corpos foram encontrados, na divisa entre Juquitiba e Embu-Guaçu, e tentará obter informações sobre os outros suspeitos.
Viagem
Liana e Felipe estavam desaparecidos desde o dia 31, quando foram acampar. Eles mentiram para os pais. Liana havia dito que iria para Ilhabela, no litoral, com um grupo de jovens da comunidade israelita. Os pais de Felipe disseram que sabiam que o rapaz iria acampar, mas acreditavam que ele estaria com amigos.
Os pais descobriram a mentira dois dias depois de os estudantes viajarem, porque eles não retornavam para casa. Para chegar ao sítio, o casal pegou um ônibus para Embu-Guaçu, em uma viagem de cerca de duas horas. Na cidade, compraram miojo, água, biscoitos e leite em pó.
De lá, pegaram um outro ônibus para Santa Rita, um lugarejo perto do sítio abandonado. Os estudantes ainda andaram 4,5 km a pé até o local em que acamparam, sob um telhado caindo aos pedaços.
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