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29/04/2004
-
22h18
MAURÍCIO EIRÓS
da Agência Folha, em Santos
A Prefeitura de Itanhaém, no litoral sul paulista, entregou, na semana passada, um hospital que não está funcionando. A unidade está sem equipamentos e funcionários.
De acordo com sindicalistas, a entrega do hospital não passou de um ato político, em ano eleitoral. "Foi só o prédio inaugurado. Tudo está vazio", disse o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Públicos de Itanhaém, Jorge Rogério Coyado.
O prédio passou, recentemente, por reforma e ampliação, sendo gastos R$ 4,5 milhões na obra. Cerca de 85% do valor repassado pela União. Segundo a prefeitura, ainda é necessário o mesmo montante para aparelhar a unidade de saúde e garantir a folha de pagamento dos futuros funcionários.
Obra
De acordo com o vice-prefeito, Alder Ferreira Valadão, "realmente está tudo vazio e a entrega da obra cumpriu prazo estabelecido pelo programa Reforsus, um financiamento que sofreu atraso de mais de um ano". Apenas o pronto-socorro e o laboratório funcionam.
A estrutura física do hospital foi entregue no dia 22, como parte das comemorações pelos 472 anos de fundação do município. A cidade conta atualmente com um mini-hospital, que atende de cinco a sete internações e 30 atendimentos ambulatoriais por dia. De acordo com o sindicato, apenas no pronto-socorro são atendidas cerca de 400 pessoas por dia. Os casos mais graves têm de ser encaminhados para outros hospitais da região.
Valadão informou que o projeto para aquisição dos equipamentos já foi encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde e ao Ministério da Saúde. Com a ampliação, a unidade passou de 88 para 125 leitos, sendo dez para UTI.
Funcionamento
De acordo com Valadão, não há prazo para que o hospital entre em pleno funcionamento. "Falta agora o governo do Estado definir que tipo de gestão será usada na administração do hospital", afirmou ele.
"O município não tem dinheiro para manter sozinho o hospital. Estamos tendo dificuldades de pagamento de salários e investimos 25% do orçamento em saúde e outros 25% em educação."
De acordo com a Direção Regional de Saúde, órgão estadual, o objetivo do governo é transformar o local em um hospital regional no litoral sul. E atender, além da população de Itanhaém, municípios vizinhos de Mongaguá e Peruíbe e cidades do Vale do Ribeira. A definição da verba que será destinada ao hospital deve ocorrer até o fim deste semestre.
Uma reunião entre representantes da prefeitura e do governo estadual foi agendada para sexta-feira para discutir os custos da unidade, que segundo estimativas da prefeitura seriam da ordem de R$ 3 milhões mensais.
Itanhaém inaugura hospital sem equipamentos e funcionários
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da Agência Folha, em Santos
A Prefeitura de Itanhaém, no litoral sul paulista, entregou, na semana passada, um hospital que não está funcionando. A unidade está sem equipamentos e funcionários.
De acordo com sindicalistas, a entrega do hospital não passou de um ato político, em ano eleitoral. "Foi só o prédio inaugurado. Tudo está vazio", disse o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Públicos de Itanhaém, Jorge Rogério Coyado.
O prédio passou, recentemente, por reforma e ampliação, sendo gastos R$ 4,5 milhões na obra. Cerca de 85% do valor repassado pela União. Segundo a prefeitura, ainda é necessário o mesmo montante para aparelhar a unidade de saúde e garantir a folha de pagamento dos futuros funcionários.
Obra
De acordo com o vice-prefeito, Alder Ferreira Valadão, "realmente está tudo vazio e a entrega da obra cumpriu prazo estabelecido pelo programa Reforsus, um financiamento que sofreu atraso de mais de um ano". Apenas o pronto-socorro e o laboratório funcionam.
A estrutura física do hospital foi entregue no dia 22, como parte das comemorações pelos 472 anos de fundação do município. A cidade conta atualmente com um mini-hospital, que atende de cinco a sete internações e 30 atendimentos ambulatoriais por dia. De acordo com o sindicato, apenas no pronto-socorro são atendidas cerca de 400 pessoas por dia. Os casos mais graves têm de ser encaminhados para outros hospitais da região.
Valadão informou que o projeto para aquisição dos equipamentos já foi encaminhado à Secretaria de Estado da Saúde e ao Ministério da Saúde. Com a ampliação, a unidade passou de 88 para 125 leitos, sendo dez para UTI.
Funcionamento
De acordo com Valadão, não há prazo para que o hospital entre em pleno funcionamento. "Falta agora o governo do Estado definir que tipo de gestão será usada na administração do hospital", afirmou ele.
"O município não tem dinheiro para manter sozinho o hospital. Estamos tendo dificuldades de pagamento de salários e investimos 25% do orçamento em saúde e outros 25% em educação."
De acordo com a Direção Regional de Saúde, órgão estadual, o objetivo do governo é transformar o local em um hospital regional no litoral sul. E atender, além da população de Itanhaém, municípios vizinhos de Mongaguá e Peruíbe e cidades do Vale do Ribeira. A definição da verba que será destinada ao hospital deve ocorrer até o fim deste semestre.
Uma reunião entre representantes da prefeitura e do governo estadual foi agendada para sexta-feira para discutir os custos da unidade, que segundo estimativas da prefeitura seriam da ordem de R$ 3 milhões mensais.
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