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13/09/2000 - 02h46

Plano de explosão deu fama ao Gasômetro

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da Folha de S.Paulo

O gasômetro começou a funcionar no Rio em 1911, mas em junho de 1968 ganhou notoriedade nacional quando o então capitão da Aeronáutica Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, o Sérgio Macaco, denunciou a existência de um plano para explodi-lo.

Carvalho, que na época comandava o Para-Sar, batalhão de elite de pára-quedistas da Aeronáutica, acusou o brigadeiro João Paulo Burnier, então chefe de gabinete do ministro da Aeronáutica Marcio de Souza e Mello (governo Costa e Silva), de planejar ações terroristas que seriam
atribuídas a militantes de esquerda.

Por causa das denúncias, Carvalho foi punido pelo AI-5 em 1969. Em 1992, conseguiu uma sentença no STF determinando sua reintegração à Aeronáutica, mas morreu em 1994 sem ver a sentença cumprida.

Burnier, que morreu em junho deste ano aos 80 anos, sempre negou a existência do plano.

Medo

A cidade sempre conviveu com o temor de um acidente no gasômetro. Em 1995, quando houve a explosão de instalações navais da ilha do Boqueirão, na baía de Guanabara, surgiram projetos para a remoção das instalações, mas eles não foram levados adiante.

"Teria mais medo de morar ao lado de um posto de gasolina", diz Joaquim Sequeira Ferreira, chefe de produção do gasômetro, ao falar sobre os riscos de um acidente.

Ferreira esquiva-se de responder sobre o que poderia acontecer em caso de um acidente. "Não dá para saber. Acidente aqui, só se jogarem um míssil", afirma.

O gasômetro vem sendo gradualmente desativado desde a privatização da CEG, em 1997. Uma das cláusulas do contrato de concessão previa a substituição do gás manufaturado por gás natural. "Quando toda a cidade tiver gás natural, não haverá mais necessidade de armazenamento", explica Ferreira, que há 27 anos trabalha no gasômetro.

O embrião da CEG surgiu em 1854, quando o Barão de Mauá criou a Companhia de Iluminação a Gás. Em 1911 foi inaugurada a fábrica de São Cristóvão, que ficou conhecida como gasômetro. Hoje distribui em torno de 700 mil metros cúbicos de gás por dia.

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