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Pesquisa
06/10/2004

40% dos porto-alegrenses estão engajados em causas sociais

O nível de envolvimento dos porto-alegrenses em associações surpreendeu os autores de pesquisa da Unesco sobre a rede de participação popular na capital.

Segundo o estudo divulgado ontem, 40% da população está engajada em alguma entidade comunitária, cultural ou religiosa.

A essa capacidade de mobilização é atribuído o sucesso de políticas sociais de participação, como o Orçamento Participativo. Para o coordenador técnico do trabalho, o sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, a característica é uma herança da imigração européia, que teria fincado no Estado ideais de sindicalismo e associativismo.

Intitulado Avaliação das Políticas Sociais do Município de Porto Alegre, o trabalho realizado por método de amostragem ouviu 486 pessoas, de abril a agosto. Os organizadores descartam relação entre a pesquisa e a campanha eleitoral. Afirmam que seguiram um cronograma pré-estabelecido.

"O Orçamento Participativo foi uma demanda da população assimilada pelo governo, e não o contrário. Na maioria dos outros locais é o contrário, o governo propõe e a população responde", diz Jacobo.

Na pesquisa, compilada no livro Nos Caminhos da Inclusão Social: A Rede de Participação Popular de Porto Alegre, também foi avaliada a percepção da população sobre o OP e a rede de proteção a famílias em condição de vulnerabilidade social. Para 52% das pessoas, as decisões do OP são sempre ou quase sempre implantadas.

O mesmo percentual concorda que o instrumento proporcionou ganhos nos serviços públicos. As principais melhorias são constatadas na área de urbanização, com 28,8% das indicações. Quando questionados sobre aspectos negativos do OP, 16,7% apontaram a não realização de obras. Outros 10,8% criticaram a "politicagem". Dos entrevistados, 27,8% já participaram de alguma reunião do OP.

"Pretendemos auxiliar outros governos na formulação de políticas públicas. A rede de participação e proteção social de Porto Alegre é um exemplo", diz a diretora técnica da Unesco no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto.

A primeira edição do livro foi distribuída para convidados. Informações: www.unesco.org.br ou (51) 3224-5500.

 

As informações são do jornal Zero Hora.

 
 
 

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