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artesanato
18/01/2005
Palha da bananeira gera emprego e renda

Sobral (CE) — A comunidade São José, distante 5Km de Tianguá, transforma a palha na bananeira em arte, gerando mais renda e atividades nove famílias da localidade. De acordo com o agricultor Alberto Raimundo da Silva o ideal é aproveitar o período de baixa no preço das bananas — que vai de julho a dezembro — e conseguir mais recursos para manter a comunidade. Entre as peças. estão bolsas, porta retratos e outras 13 objetos feitos com a palha da bananeira. Os agricultores/artesãos foram beneficiados com um curso promovido pelo projeto “Bodega do Povo”, da Cáritas Diocesana.

O grupo concluiu o curso recentemente e já consegue, com muita criatividade e talento, comercializar as peças para lojas de Tianguá, Crateús, recebendo algumas encomendas para Fortaleza e Brasília. Mas, nem tudo são flores para os artesãos. Existem várias dificuldades como a falta de material para a confecção das peças, entre eles, tesouras, régua, estilete, alicates, martelo, pistola de cola quente. "Isso impede que o negócio progrida mais rapidamente", avaliam.


O consultor técnico regional do Projeto São José, Jean Carlos, tenta ajudar na divulgação dos trabalhos fabricados pelo grupo, mas admite que é preciso um apoio melhor do Sebrae e outros órgãos que tenham interesse no trabalho. “Eles têm capacidade, só precisam de um novo design nas peças e aquisição dos equipamentos necessários para o trabalho, só assim vão poder aumentar a produção e dar mais qualidade as peças que produzem”, disse.

Segundo o Alberto, mesmo com as dificuldades as vendas estão aumentando. “Será marcada uma reunião com a comunidade para mostrar que o negócio tem futuro”, afirma. Ele conta que quer despertar o interesse de outros moradores para participarem do grupo. Juliete Ferreira de Paula 15, estuda pela manhã e no período da tarde vai até o galpão improvisado para confeccionar as peças. Ainda de férias, ela está fazendo o trabalho nos dois turnos. O local é humilde e foi doado por uma moradora.

As peças que variam de R$ 2,00 a R$ 20,00. O grupo está animado e esperar conseguir aumentar as vendas e a renda. O grupo precisa de qualificação através de cursos e eles querem se aperfeiçoar. “Antes as pessoas da comunidade achavam que nunca íamos tirar dinheiro da palha da bananeira, agora a gente sente o interesse deles em querer aprender a fabricar as peças”, disse Juliete. Se conseguirem o material necessário e novos cursos de capacitação, eles garantem uma maior produção de peças. “Os equipamentos que estamos utilizando não são apropriados: a mesa é de plástico e já está toda cortada”. Eles não sabem o que fazer para dar conta da demanda que aumentou. A estudante Maria Janaína dos Santos também participa do grupo, não tinha emprego nem de onde tirar algum dinheiro para ajudar nas despesas de casa, agora participa do trabalho e já sonha em progredir. Ela ajuda na colheita das palhas secas da bananeira e também produz peças artesanais.


As informações são do Diário do Nordeste.

 
 
 

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