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turismo especial
22/06/2004
Bonito está ao alcance de todos

Peregrinar por Bonito (MS) é ir ao encontro da natureza em seu estado bruto. Nos mais de 30 passeios catalogados pelo Conselho Municipal de Turismo (Comtur), as interferências do homem se resumem à abertura de trilhas na mata e à construção de mirantes, deques para botes ou mergulho e plataformas para prática de rapel.

Com o objetivo de verificar as condições de acessibilidade para deficientes físicos e despertar a atenção dos empresários locais para um mercado estimado em 25 milhões de consumidores, a artista plástica Adriana Braun e o servidor público Edson Passafaro passaram sete dias em Bonito. Presidente da ONG Acessível e integrante dos projetos Brasil Adentro e Cadeirantes (que percorreram os principais pólos de ecoturismo do país), Adriana Braun foi chamada pela FreeWay Adventures para conduzir os roteiros para deficientes da operadora. Edson é secretário-executivo da Comissão Permanente de Acessibilidade da prefeitura de São Paulo e consultor para o assunto do Ministério das Cidades.

Durante três dias, Zero Hora acompanhou a incursão da dupla por Bonito. A primeira visita é à Fazenda Água Viva, um passeio popularmente conhecido como Cachoeira do Rio do Peixe. Situada a 35 quilômetros da cidade, o lugar é considerado um dos mais belos do município.

A recepção fica por conta de macacos-prego. Às dezenas, eles descem das árvores atraídos pelos nacos de banana oferecidos por Moacir Barbosa de Deus, dono dos 300 hectares de campo. No alpendre, os anfitriões são tucanos e araras, desde a arara-azul, ameaçada de extinção, às de penugem vermelha ou verde. Dali, o passeio segue por 400 metros mata adentro. Adriana faz o percurso carregada numa liteira desenvolvida para o transporte de deficientes.

Impulsionado pela própria tração manual, Edson prefere cruzar de cadeira de rodas a vegetação da Serra da Bodoquena. Pelo caminho, a água represada em degraus do solo transforma a correnteza do Rio do Peixe numa banheira de hidromassagem. Seguindo pela esquerda, chega-se a uma piscina natural abastecida por uma cachoeira de três metros de altura. Pela direita, uma cabo aéreo estendido sobre o leito do Rio Olaria é um convite ao banho. Passafaro pede ajuda e, depois de alguns segundos deslizando em pé sobre a água, solta as mãos e mergulha.

"O legal é a sensação de ficar esticado, em pé. Nunca tenho essa sensação", revela Passafaro, ao voltar para a cadeira de rodas.

Fábio Schaffner viajou a convite da FreeWay Adventures, da Gol Transportes Aéreos e do Wetega Hotel

 

FÁBIO SCHAFFNER
do Zero Hora

 
 
 

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