Emprego
melhora previsão da indústria sobre PIB
Acreditando
que o desemprego não aumentará até o fim do
ano, a CNI (Confederação Nacional da Indústria)
acaba de rever para cima suas previsões sobre o aquecimento
econômico do país.
A instituição
estima que a produção industrial brasileira crescerá
6% neste ano, elevando do PIB (Produto Interno Bruto) em 4%. Em
dezembro do ano passado, a CNI previa que o aumento do PIB seria
de 3% em 2000.
Para os industriais,
a redução das taxas de juros e a recuperação
gradual do mercado de trabalho devem produzir um aquecimento da
demanda interna, refletindo no PIB.
A CNI acredita
que os níveis de emprego devem melhorar apenas o suficiente
para acompanhar o aumento da população economicamente
ativa do país. A previsão da entidade é que
no final do ano a taxa de desemprego esteja em 7,3%, mesmo nível
da média do desemprego no ano.
(Folha
de S.Paulo)
|
|
|
Subir
|
|
Indústria
prevê que fará PIB crescer 4%
A produção
industrial brasileira deverá crescer 6% neste ano e, com
isso, o PIB (Produto Interno Bruto, conjunto das riquezas produzidas
no país) poderá aumentar 4% neste ano. As duas previsões
foram divulgadas ontem pela CNI (Confederação Nacional
da Indústria).
O crescimento
do PIB deverá ser liderado exatamente pelo bom desempenho
esperado para a indústria, mostra a pesquisa da CNI. As duas
previsões constam na pesquisa conjuntural de junho e representam
uma revisão em relação à pesquisa anterior,
divulgada em dezembro do ano passado com previsões para 2000.
No caso do PIB,
a previsão anterior era um crescimento de 3%. A estimativa
atual -aumento de 4%- é a mesma com a qual o governo vem
trabalho. Com relação à produção
industrial, a pesquisa anterior apontava crescimento de apenas 4%.
A CNI também
reestimou os números das exportações e das
importações e concluiu que a balança comercial
fechará o ano com um superávit de US$ 1,1 bilhão.
Anteontem, o governo anunciou uma previsão ""conservadora"
de um superávit de US$ 2,8 bilhões.
"Nós
não fomos consultados pelo governo sobre esse assunto e consideramos
que nossa estimativa de US$ 1,1 bilhão é mais realista,
mas vamos torcer para que os números oficiais se confirmem",
disse o presidente da CNI, deputado Carlos Eduardo Moreira Ferreira
(PFL-SP).
Segundo ele,
a redução das taxas de juros foi o principal elemento
que permitiu à CNI rever para cima a estimativa de crescimento.
Outro fator foi a recuperação gradual do mercado de
trabalho. Juntos, os dois fenômenos estariam permitindo um
aumento da demanda interna.
A taxa Selic
está hoje em 17,5%. A previsão da CNI é que,
no final do ano, a taxa de juros básica da economia esteja
em 15% ou 16%.
Segundo a entidade,
o crescimento industrial deverá exercer forte pressão
sobre a balança comercial. É que alguns setores, como
a indústria de papel e celulose, estão trabalhando
no limite de sua capacidade instalada e, antes que elas possam expandir
seus investimentos, parte da demanda interna terá de ser
atendida com importações.
Outros setores,
como o siderúrgico, estão reorientando parte de suas
exportações para atender ao aumento da demanda interna.
"Mas essas
notícias são boas, e não ruins. Temos de deixar
de ser catastrofistas, graças a Deus estamos no bom caminho",
disse.
A estimativa
da CNI é que as vendas ao mercado externo fechem o ano em
US$ 54,3 bilhões, o que representaria um aumento de 13% em
relação ao total de US$ 48 bilhões exportado
em 99.
No mesmo período,
a previsão é que as importações passem
de US$ 49,2 bilhões para US$ 53,2 bilhões, um crescimento
de 8%.
Para Moreira
Ferreira, a "melhor coisa" que aconteceu no primeiro semestre
do ano foi a redução nos níveis de desemprego.
Segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o contingente
de 17,14 milhões de pessoas empregadas em maio foi o maior
desde o início da pesquisa, em 91, e representou um aumento
de 5,04% em relação a maio do ano passado.
Apesar desse
crescimento, a CNI estima que a melhora nos níveis de emprego
no ano deverá ser suficiente apenas para acompanhar o aumento
da população economicamente ativa do país.
A previsão
da entidade é que no final do ano a taxa de desemprego esteja
em 7,3%, mesmo nível da média do desemprego no ano.
Em 99, a média anual da taxa de desemprego foi de 7,6%.
(Isabel Versiani
- Folha de S.Paulo)
|
|
|
Subir
|
|
|