Saber
negociar e delegar reduz sofrimento no trabalho
"Quem não
sofre com a pressão deve estranhar", brinca Waldir Bíscaro,
67, psicólogo especialista em aconselhamento de executivos.
Isso porque, apesar de inevitável, profissionais mostram
que ela pode ser contornada.
Há quem
lide bem equilibrando vários cargos. Sormane Parreira, 34,
por exemplo, é diretor comercial, de marketing, de RH e de
engenharia e manutenção do Grupo MG Master, de artigos
esportivos.
Parreira trabalha
12 horas por dia, viaja para acompanhar as lojas e afirma que não
se estressa. "São áreas convergentes."
Para quem tem
diversas funções a cumprir em prazos curtos e sente
que o ânimo e a saúde estão se esgotando, a
saída é negociar com o chefe e delegar tarefas. A
proposta é da psicóloga Débora Glina, 45, que
há 12 anos presta consultoria de saúde do trabalhador.
Muitos profissionais
se vêem às voltas com metas que não são
fáceis de atingir. "Quem não consegue dar conta
é prejudicado nas avaliações de desempenho",
afirma a psicóloga Débora Glina.
Mais envolvimento
- Adaptar as metas ao que cada um pode render, segundo Glina, exige
que os chefes se envolvam na realidade do trabalho de sua equipe.
Chefes ansiosos tentam tornar tudo urgente, mas é preciso
distinguir o que é importante e aprender a dizer não.
Ocupar um cargo
de muita responsabilidade e pouca autonomia também pode ser
um problema, caso de Maria Eugênia Duva Srur, 31, gerente
de marketing dos shoppings SP Market e Fiesta e do Parque do Gugu.
Para fazer o
"meio-de-campo", ela investe na comunicação
e participa de reuniões sobre qualidade do trabalho. "Ser
aberto facilita. No começo todos acham estranho, mas depois
se acostumam."
"Atividades
e reuniões ajudam a resolver alguns problemas de equipe,
mas a pressão pode continuar para o indivíduo",
pondera Glina. "Lidar com ela requer muito autoconhecimento."
(Folha de S.Paulo)
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