A "bolsa-eleitoral" é o principal mote da campanha presidencial

O cabo eleitoral da campanha presidencial de 2002 já está definido: é o pacote de bolsas de tudo quanto é tipo. O eleitor pode até escolher: tem o bolsa-escola, o bolsa-renda, o bolsa-alimentação. Às vezes eles vêm com outros nomes: o cheque-cidadão, o restaurante popular. Mas, no fundo, no fundo, eles são a mesma coisa: programas assistencialistas que dão dinheiro à população de baixa renda. E não está restrito ao partido do presidente Fernando Henrique Cardoso, o PSDB. O instrumento também é usado pelo PDT e pelo pai da criança, o PT.

Por enquanto, os tucanos são os campeões dos bolsas-eleitorais. O Bolsa-Escola, incentiva o acesso escolar; o Bolsa-Renda socorre os flagelados da seca e o Bolsa-Alimentação, dá subsídios para as gestantes e mães de crianças abaixo de seis anos. Os resultados são imediatos e podem ser cumulativos: a mesma família pode ser beneficiada por mais de um programa. O resultado é que ela acaba recebendo o equivalente a um salário mínimo. A avaliação da própria oposição é esses programas podem garantir a presença do candidato do governo no segundo turno das eleições presidenciais.

O pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto, o governador do Rio, Anthony Garotinho também não perde tempo. Dobrou o orçamento da secretaria de Ação Social e Cidadania para 2002. Hoje existe o Cheque-Cidadão, prêmio de R$ 100 para famílias que mantêm os filhos na escola e com a vacinação em dia e o Restaurante Popular, onde a refeição custa R$ 1. Desde a introdução do bolsa-escola no Distrito Federal, em 1995, pela adminstração petista do governador Cristovam Buarque, esse é um dos principais eixos das administrações do PT. O pagamento de uma renda mínima vinculada ou não à freqüência escolar, os microcréditos batizados de "banco do povo" e o cupom para a troca de alimentos.

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