Dinheiro
não trouxe felicidade, segundo economista
O economista
Eduardo Giannetti da Fonseca passará os próximos três
meses desenvolvendo seu projeto de pesquisa "Custos escondidos
da civilização", em Oxford, Inglaterra. A idéia,
segundo o economista, é mostrar a relação entre
renda per capita e felicidade utilizando pesquisas empíricas
em economia e a literatura filosófica.
Baseado em economistas
teóricos, Fonseca lembra que sempre houve uma expectativa
de que à medida que o progresso avançasse, as questões
econômicas ficariam para segundo plano. Mas não foi
isso o que aconteceu, ao contrário: "quanto mais a humanidade
prospera mais obcecada parece ficar com o econômico",
afirmou para a reportagem do jornal Valor Econômico.
Para explicar
esse equívoco, o economista utiliza a analogia da saúde:
à medida que a saúde melhora, você pensa mais
em outras aspectos de sua vida. "Essa foi a promessa, quanto
mais desenvolvido fosse o país, mais tempo seus habitantes
poderiam se dedicar a questões espirituais, estéticas,
afetivas e culturais. Mas, é como se o econômico tivesse
uma espécie de imperialismo e ocupasse um espaço crescente."
Fonseca garante
ainda que, assim como descobrimos que certo progresso econômico
danifica irreparavelmente o meio ambiente e gera uma crise ecológica,
também há um ambiente interno que também está
sendo violentado. "É uma espécie de ecologia
psíquica. Essa cobrança de objetividade, de realismo,
de conhecimento não combina com a nossa constituição",
avisa.
(Valor
Econômico)
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