Brasil
toma precauções contra terrorismo
A principal
arma contra o terrorismo, nesse momento, é ter um sistema
de inteligência eficiente. É o que pensa o governo
brasileiro que quer reforçar o seu serviço de informações.
A outra medida, inclusive já adotada, foi estender aos aeroportos
nacionais a mesma fiscalização feita nos vôos
internacionais. A vigilância nas fronteiras também
foram reforçadas. A área de inteligência tem
suspeitas de que pessoas ligadas ao mundo islâmico poderiam
estar envolvidas com o crime organizado no Brasil.
Como medida
imediata, o Palácio do Planalto vai estudar a regulamentação
do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), completamente
desestruturado durante o governo Fernando Collor. O presidente Fernando
Henrique Cardoso determinou também que se apresse os estudos
para mudar o passaporte, tornando-o mais seguro e menos vulnerável
a falsificações. As decisões foram tomadas
depois de uma reunião do presidente com os ministros da Defesa
e do Gabinete de Segurança Institucional, além dos
três comandantes das Forças Armadas.
A Secretaria
Nacional de Defesa Civil antecipou em um mês a reunião
com representantes dos Estados e solicitou preparação
de um plano de emergência para atender vítimas de um
eventual ataque terrorista. Cada representante da Defesa Civil nos
municípios está fazendo um levantamento dos meios
disponíveis sobre o número de leitos em hospitais,
máquinas que podem funcionar como escavadeiras para recolher
escombros, tipo e quantia de vacinas em estoque.
Leia
mais
- Brasil
quer reforçar inteligência contra ataque
- Segurança será reforçada
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Segurança
será reforçada
O presidente
Fernando Henrique Cardoso autorizou ontem o reforço da segurança
nos aeroportos, prédios públicos, fronteiras e embaixadas
dos Estados Unidos e de Israel, temendo as ameaças de terroristas
da Al Qaeda, ligados a Osama Bin Laden, aos países que apóiam
a ação militar americana contra o Afeganistão.
O governo brasileiro enviou ainda caças da Aeronáutica
para a fronteira do Brasil com o Paraguai, onde há grupos
muçulmanos.
Em reunião de duas horas, no Palácio do Planalto,
com o ministro da Defesa, Geraldo Quintão, o ministro-chefe
do Gabinete da Segurança Institucional, general Alberto Cardoso,
e os comandantes militares do Exército, general Gleuber Vieira,
da Aeronáutica, Carlos Alberto Baptista, e da Marinha, Sérgio
Chagastelles, o presidente Fernando Henrique mudou a estratégia
de segurança nas fronteiras e aeroportos. Os vôos domésticos
passarão pelas mesmas medidas dos vôos internacionais.
E a Polícia Federal vai ajudar as Forças Armadas na
vigilância das fronteiras.
Na reunião
foi feita uma avaliação das conseqüências
dos ataques dos EUA ao Afeganistão. O presidente ouviu do
ministro Quintão relato sobre os riscos que o país
corre. Segundo um interlocutor do Planalto, o Brasil está
entre os países que podem sofrer ataques terroristas. Anteontem,
em pronunciamento à nação, o presidente chegou
a admitir que o Brasil não está livre de atentados.
Inteligência
- O ministro Geraldo Quintão anunciou que vai reforçar
o trabalho do setor de inteligência para prevenir atentados.
''Temos que estar atentos. O trabalho da área de inteligência
tem de ser muito eficiente para coibir qualquer ato terrorista no
país'', afirmou.
No Ministério
da Integração Nacional, foi adotado um plano de ação,
com a participação das secretarias estaduais de Defesa
Civil, para ensinar a população a enfrentar atos terroristas.
O plano foi recomendado pelo general Alberto Cardoso, dentro do
contexto de medidas preventivas adotadas pelo governo brasileiro.
(Jornal do Brasil)
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