Estagnação
industrial aumenta o desemprego
A estagnação
da produção industrial afetou o mercado de trabalho
e provocou queda no emprego do setor em todos os indicadores em
junho. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a ocupação industrial acumulou no semestre
um recuo de 1,7% ante igual período do ano anterior. A folha
de pagamentos do setor acompanhou o fraco desempenho da ocupação
e também apresentou quedas. Os resultados negativos foram
fortemente influenciados pela indústria paulista.
Segundo a economista
do Departamento de Indústria do IBGE, Denise Cordovil, os
resultados apresentados pelo emprego coincidem com a estagnação,
ou "estabilidade", diagnosticada na produção
industrial de junho, influenciada negativamente pelas turbulências
econômicas. Ela disse que as contratações ou
demissões implicam custos e, por isso, os reflexos das dificuldades
enfrentadas na indústria sobre a ocupação "chegam
mais lentamente".
O relatório
do IBGE revelou que, mais uma vez, o segmento de máquinas
e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações
liderou a queda da ocupação, sofrendo os efeitos da
redução dos investimentos das empresas de telecomunicações.
Em termos de influências regionais, a indústria paulista,
que responde por 50% da produção do setor, puxou para
baixo a ocupação do país.
Na análise
da economista do IBGE, a queda do emprego na indústria em
São Paulo - em junho (3,7%) e no semestre (3,5%) - em ritmo
mais elevado que a média nacional ocorreu porque o setor
no estado "está sofrendo maior influência das
incertezas do ambiente econômico".
Leia
mais:
- Estagnação
industrial aumenta o desemprego
Leia
também:
- Índices
apontam alta dos preços em agosto
- Emprego domina estréia do horário eleitoral
gratuito
- Emprego industrial cai no semestre
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Emprego
domina estréia do horário eleitoral gratuito
Item que aparece
no topo das preocupações do eleitorado em nove entre
dez pesquisas de opinião, emprego foi o principal tema dos
programas dos presidenciáveis na abertura do horário
gratuito de televisão e rádio.
No primeiro
dos dois blocos de TV, exibido a partir de 13h, a necessidade de
criar postos de trabalho dominou as propagandas de Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) e de José Serra (PSDB) e esteve presente
na de Ciro Gomes (PPS).
Anthony Garotinho
(PSB), ainda que não tenha tratado do assunto diretamente,
cuidou de apresentar-se, na cena inicial de seus 2min13s, como "o
candidato que vai elevar o salário mínimo para R$
280 em maio de 2003".
Lula estreou
com um programa monotemático, no qual a geração
de empregos foi discutida a partir do caso das novas plataformas
contratadas pela Petrobras. Como vem fazendo em comícios
e aparições televisivas, o petista criticou a estatal
e o governo pelo fato de uma das três plataformas estar sendo
construída em Cingapura, não no Brasil.
Com quase o
dobro do tempo de Lula (10min23s contra 5min19s), Serra mencionou
assuntos como segurança e realizações suas
quando ministro da Saúde, mas a questão do emprego
pontuou todo o programa.
Se Lula mostrou
depoimentos de pessoas que se declararam sem emprego ou com medo
de perdê-lo, Serra contra-atacou exibindo um portador do vírus
HIV que elogiou sua gestão na Saúde.
Atrás
de Lula e à frente de Serra na disputa, Ciro foi, dos três,
o que apresentou o programa mais parecido com os que exibira na
pré-campanha. Seus 4min17s chegaram a incluir cenas que já
haviam sido levadas ao ar.
Ciro, assim
como Patrícia Pillar, não abriu a boca no horário
vespertino. À noite, ele falou durante boa parte do programa,
e a namorada não apareceu. Não houve imagem de Roberto
Freire, presidente do PPS e frequente alvo de críticas por
parte de outros setores da campanha.
Já o
presidente do PDT, Leonel Brizola, surgiu várias vezes. Não
faltou espaço para o PFL -com Jorge Bornhausen e ACM. Nem
para menção ao tucano Tasso Jereissati, padrinho político
de Ciro e articulador cada vez mais explícito da candidatura.
Quanto a Garotinho, rebateu as acusações de populismo
e demagogia comparando-se a Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Mais conhecido
do eleitorado, Lula fez o menos biográfico dos programas.
E Serra tratou de lembrar que já esteve ao lado do candidato
petista, no movimento Diretas-Já.
(Folha de
S. Paulo)
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Emprego
industrial cai no semestre
Depois de ter
crescido por três meses seguidos, o número de pessoas
empregadas na indústria teve pequena queda de 0,1% em junho
na comparação com o mês anterior, segundo o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em relação
a junho do ano passado, houve queda maior: 1,3%. No acumulado dos
seis primeiros meses do ano a retração foi de 1,7%,
segundo o IBGE. De maio para junho, o nível de emprego caiu
em nove das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE. Em São
Paulo, o número de vagas na indústria diminuiu 0,3%
em relação a maio. Na comparação com
junho de 2001 a queda foi de 3,7%.
"O quadro
de incerteza em relação ao cenário econômico
e político, que já afetou a produção
da indústria, está agora atingindo o emprego",
disse Denise Cordovil, técnica do Departamento de Indústria
do IBGE.
Em junho, a
produção industrial caiu 0,7% em relação
ao mesmo período de 2001. Por setores, as maiores quedas
no nível de ocupação, na média nacional,
ocorreram no ramo de eletroeletrônicos e aparelhos de comunicação
(15,1%) e do vestuário (3,4%), dois segmentos com forte presença
em São Paulo. No caso do primeiro, a maior parte das vendas
é financiada e o segmento pode estar sofrendo por causa da
menor oferta de crédito.
Na outra ponta,
os ramos que evitaram uma maior redução no nível
de emprego industrial são os ligados diretamente ou indiretamente
à agropecuária e à produção de
petróleo, segundo Denise. Como reflexo, cresceram os níveis
de ocupação nos setores de refino de petróleo
e produção de álcool (alta de 33,5%), alimentos
e bebidas (3,6%) e fumo (14,5%) em relação a junho
de 2001.
A folha de pagamento
da indústria, indicador que mede, além do renda salarial,
os benefícios e horas extras, voltou a recuar em junho, com
queda de 1,1% em relação a maio. Na comparação
com 2001, o recuo da folha foi de 2,3%. São Paulo teve a
maior retração entre as regiões pesquisadas:
5,1%.
(Folha de
S. Paulo)
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