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Dia 16.08.02

 

Em meio a incertezas, industriais trocam Serra por Lula

Desconfiado de que José Serra (PSDB) não chegará ao segundo turno da eleição presidencial, o empresariado decidiu que apoiará a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A outra opção, mas que já foi excluída, seria Ciro Gomes, da Frente Trabalhista, que não está conseguindo cativar o setor.

A ''ponte para Lula'' está sendo construída pelo presidente do Instituto Ethos, Oded Grajew, que colaborou na elaboração do programa de governo petista. Segundo ele, importantes líderes empresariais garantiram que estão ao lado de Lula. O problema de Ciro é que ele carrega o estigma de despreparado e autoritário.

Ciro, por sua vez, disse que também não está satisfeito com o empresariado. Depois que se desentendeu com um grupo de industriais num jantar esta semana em São Paulo, sua assessoria recomendou que abandonasse as conversas com o setor. Apesar de afirmar que os industriais estão torcendo por uma reação de Serra, o vice-presidente da Fiesp, Mário Bernardini, admite que votaria em Lula no segundo turno.

Leia mais:
- Industriais trocam tucano por Lula

 

 
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Indústria fecha 25 mil vagas em 7 meses

O nível de emprego na indústria paulista caiu 0,52% no mês passado. Foi o pior resultado para o mês de julho dos últimos cinco anos. Ao contrário dos anos de 2000 e 2001, quando o emprego cresceu, ainda que pouco, nos sete primeiros meses do ano, as demissões na indústria já levaram a uma redução de 25.056 vagas -ou 1,58%- no setor em 2002.

"O resultado mostra que o cenário econômico está muito ruim. Deveríamos estar no pico da produção", afirma Clarice Messer, diretora da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que divulgou ontem os resultados da pesquisa de nível de emprego industrial da instituição.

A Fiesp faz a pesquisa com 47 sindicatos patronais de vários setores da indústria. Até o mês passado, havia equilíbrio entre o número de sindicatos que declaravam ter reduzido o nível de emprego e aqueles que afirmavam tê-lo mantido ou aumentado.
Em julho, quando 25 sindicatos registraram queda no emprego, setores importantes passaram a ter resultado negativo. No setor de mecânica, no qual o nível de emprego havia subido 0,47% de janeiro a junho, as demissões de julho inverteram o quadro: o setor já acumula queda de 0,59%. O mesmo ocorreu com os setores de material plástico e de vestuário.

O resultado de julho, quando mais de 8.000 vagas foram eliminadas, foi o segundo pior dos últimos 24 meses. Ele só é superado pelo de agosto de 2001, quando as indústrias ajustavam a produção aos diversos choques econômicos que sofriam: crise na Argentina, racionamento, aumento de custos com a alta da contribuição das empresas para o FGTS.

A expectativa da Fiesp é que o quadro se mantenha ou piore neste mês. "As encomendas estão fracas e as indústrias já têm muito estoque", diz Clarice. Na sua avaliação, as indústrias começarão a se ajustar aos altos estoques, que têm um custo elevado para as empresas. "Ninguém vai se aventurar a continuar produzindo ou a aumentar a produção esperando uma recuperação no final do ano", diz Clarice. Com o ajuste, é muito provável que as empresas recorram a mais demissões para reduzir custos.

Segundo Clarice, além dos altos estoques, há pouca oferta de crédito e as empresas preferem ficar líquidas, ou seja, preferem segurar seus recursos a investi-los na produção e correr o risco de perder dinheiro. "Não há perspectiva clara de futuro e empresário só emprega quando ele tem perspectiva de crescimento", diz.

(Folha de S. Paulo)

 

 
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