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Desemprego
cai 18,1% em SP
A taxa de desemprego
caiu em julho na região metropolitana de São Paulo,
passando de 18,8% da população economicamente ativa
em junho para 18,1%. Essa foi a terceira queda mensal consecutiva.
No entanto, o salário médio dos trabalhadores caiu
9,7% no primeiro semestre deste ano em relação a igual
período em 2001. Na média, o rendimento passou de
R$ 920 para R$ 831.
O principal
motivo para a diminuição do desemprego foi a criação
de novas vagas, que cresceu 1,3% em relação a junho
e equivale à abertura de 98 mil postos de trabalho. Desse
total de vagas abertas, a indústria foi a que mais criou
postos: 43 mil, com destaque para as atividades química,
artefatos de borracha, móveis e metalmecânica. Em seguida
vieram o setor de serviços (28 mil), construção
civil e serviços domésticos (19 mil) e comércio
(8.000).
"Houve uma pequena melhora no mercado de trabalho, mas é
preciso lembrar que o desemprego ainda é elevado, pois as
vagas geradas são frágeis. Sem dizer que há
1,7 milhão de desempregados na grande São Paulo",
afirmou Sérgio Mendonça, coordenador-técnico
do Dieese, instituto resposável pela pesquisa junto com a
Fundação Seade.
Leia
mais:
- Desemprego em SP cai pelo terceiro mês
Leia
também:
- BNDES recebe R$ 1 bi do FAT para programa de geração
de emprego
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Desemprego
em SP cai pelo terceiro mês
A taxa de desemprego
caiu no mês passado na região metropolitana de São
Paulo, passando de 18,8% da população economicamente
ativa em junho para 18,1% em julho. Essa foi a terceira queda mensal
consecutiva, segundo pesquisa divulgada ontem pela Fundação
Seade e pelo Dieese.
O principal
motivo para a diminuição do desemprego foi a expansão
do nível de ocupação (criação
de novas vagas), que cresceu 1,3% em relação a junho
e equivale à abertura de 98 mil postos de trabalho. O estudo
estimou em 7,737 milhões o número de ocupados (com
ou sem carteira).
O crescimento
da ocupação, verificado pelo quarto mês consecutivo
na Grande São Paulo, foi o segundo maior para o mês
de julho desde que a pesquisa começou a ser realizada, em
85. Só perde para julho de 90, quando houve aumento de 1,5%
nas vagas.
Do total de
98 mil vagas abertas, a indústria foi a que mais criou postos:
43 mil, com destaque para as atividades química, artefatos
de borracha, móveis e metalmecânica. Em seguida vieram
o setor de serviços (28 mil), construção civil
e serviços domésticos (19 mil) e comércio (8.000).
"Na indústria,
os empregos foram criados nas pequenas e médias empresas
(menos de 500 funcionários). No comércio, são
reflexo da liberação das perdas do FGTS", disse
Sérgio Mendonça, coordenador-técnico do Dieese.
O resultado
da pesquisa surpreendeu Mendonça. "Houve uma pequena
melhora no mercado de trabalho, mas é preciso lembrar que
o desemprego ainda é elevado, pois as vagas geradas são
frágeis. Sem dizer que há 1,7 milhão de desempregados
na Grande São Paulo", afirmou.
A taxa de desemprego
foi de 19,4% no primeiro semestre deste ano, só perdendo
para 99, quando a taxa chegou a 19,9% no mesmo período na
Grande São Paulo.
"Já estamos dois pontos percentuais acima da taxa do
primeiro semestre de 2001, que foi de 17,4%", afirmou a gerente
de pesquisas da Fundação Seade, Paula Montagner.
O tempo médio para encontrar um novo trabalho aumentou para
51 semanas em julho -uma a mais do que em julho.
O salário
médio dos trabalhadores da região metropolitana de
São Paulo caiu 9,7% no primeiro semestre deste ano em relação
a igual período em 2001. Na média, o rendimento passou
de R$ 920 para R$ 831. As contratações feitas com
salários mais baixos explicariam a queda, segundo o Dieese.
(Folha de
S. Paulo)
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BNDES
recebe R$ 1 bi do FAT para programa de geração de
emprego
O Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebeu, na
semana passada, R$ 1 bilhão de recursos do Fundo de Amparo
ao Trabalhador (FAT) destinado ao financiamento de projetos incluídos
no Pró-Emprego III. O programa, aprovado pelo conselho do
FAT, o Codefat, no mês passado, está orçado
em R$ 15 bilhões, um volume 65% superior aos dois programas
anteriores. Do total, R$ 4,5 bilhões virão do FAT,
outros R$ 4,5 bilhões do BNDES e R$ 6 bilhões das
empresas com projetos aprovados dentro do programa.
Os recursos
do FAT serão aplicados em energia, transporte, saneamento
e turismo nos próximos três anos. O Banco já
desembolsou R$ 730 milhões para as áreas de energia
e saneamento. Até o fim do ano receberá mais R$ 500
milhões, uma vez que o programa prevê liberações
anuais de R$ 1,5 bilhão.
A escolha desses
quatro segmentos pelo BNDES surpreendeu os conselheiros do FAT,
uma vez que não se trata, exatamente, de grandes geradores
de mão-de-obra, como determinam os princípios do Pró-Emprego.
Mas o superintendente da área de Política e Gestão
Financeiras do Banco, Gil Bernardo Borges Leal, conseguiu o apoio
das quatro centrais sindicais que integram o Codefat.
"A lógica
dessa escolha é que sem energia não há investimento,
crescimento e nem mais empregos", disse Leal. "O País
não pode enfrentar uma nova crise em 2003". Os investimentos
feitos dentro do Pró-Emprego III vão gerar cerca de
2,5 milhões de postos de trabalho. O primeiro, feito em 1996,
resultou em 1,5 milhão de novos empregados e o segundo, em
1999, em 1 milhão.
Hoje, a carteira
de energia do BNDES tem 142 projetos, somando um investimento total
de R$ 31 bilhões. Juntos, vão gerar 22,2 mil megawatts
(MW), ou 32% da capacidade instalada atual de geração
no Brasil, de 70 mil MW.
Quanto à
escolha das áreas de saneamento e transporte, Leal observou
que são setores capazes de garantir uma melhora na qualidade
de vida da população, objetivo eleito pelo Pró-Emprego
III. "Os investimentos em saneamento diminuirão os gastos
com saúde e em transportes reduzirão o tempo de viagem
entre a casa e o trabalho", disse Leal.
Em transportes, existe uma demanda total de R$ 17 bilhões.
A participação do BNDES é estimada em R$ 9,1
bilhões, além dos R$ 7,9 bilhões relativos
aos investimentos das próprias empresas. Entre os projetos
no Banco estão a extensão de linhas do metrô
do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Distrito Federal. De
olho nessa oportunidade, fabricantes de trens, como a Alstom, Siemens,
Bombardier, Trans e Balfour, estarão expondo em feira do
setor, a Negócios nos Trilhos, entre os dias 28 e 30 de outubro
no ITM-Expo, em São Paulo.
Em saneamento,
existe uma demanda total de recursos para investimentos de R$ 5,9
bilhões. A participação do BNDES nesse total
é estimada em R$ 2,1 bilhões. O setor está
entre os mais carentes. A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
2000, divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE), mostra que apenas 52,2% dos municípios
brasileiros dispõe de esgoto sanitário, a maior parte
concentrada nos maiores centros urbanos. Segundo um estudo realizado
pelo Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada (IPEA) e Banco Mundial,
em 1999, serão necessários investimentos de R$ 40
bilhões para se alcançar a chamada universalização
dos serviços de saneamento no Brasil. Em turismo, estão
previstos investimentos da ordem de R$ 385 milhões.
(Gazeta Mercantil)
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