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Exportar
e investir em turismo são saídas para desemprego
Foi consenso
entre a maioria dos economistas que participaram ontem de um debate
sobre o emprego, promovido como parte das comemorações
do aniversário da Central Única dos Trabalhadores,
que é necessário elaborar políticas para reduzir
a fragilidade externa por meio do avanço das exportações
e substituição de importações e aumentar
o empenho para a criação de vagas no setor de turismo.
Esses pontos
foram levantados por Aloizio Mercadante (deputado federal do PT
por São Paulo), Antônio Delfim Neto (deputado federal
do PPB, também por São Paulo) e do professor da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), Luciano Coutinho. O deputado federal
pelo PSDB, Antônio Kandir, foi a voz dissonante.
Para Kandir,
a questão central da geração de novos empregos
é a capacidade do País de atrair mais investimentos
externos. 'Para isso, é preciso melhorar as condições
internas, com as reformas tributárias e do mercado de capitais',
afirmou.
(Gazeta
Mercantil)
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CUT
promove debate sobre emprego
Elaborar políticas
para reduzir a fragilidade externa por meio do avanço das
exportações e substituição de importações
e aumentar o empenho para a criação de vagas no setor
de turismo. Esses pontos são consenso entre três dos
quatro economistas que participaram ontem em São Paulo do
debate sobre o emprego como desafio da década, promovido
pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), como parte das
comemorações do 18º aniversário da central
sindical. As medidas foram apontadas por Aloizio Mercadante (deputado
federal do PT por São Paulo), Antônio Delfim Neto (deputado
federal do PPB, também por São Paulo) e do professor
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luciano Coutinho.
O quarto integrante do debate, o deputado federal pelo PSDB, Antônio
Kandir, foi a voz dissonante. Para ele, a questão central
da geração de novos empregos é a capacidade
do País de atrair mais investimentos externos. 'Para isso,
é preciso melhorar as condições internas, com
as reformas tributárias e do mercado de capitais', afirmou.
A maior qualificação da mão-de-obra e o apoio
às microempresas também foram mencionados pelo deputado
tucano e ex-ministro do Planejamento no primeiro mandato do governo
Fernando Henrique Cardoso, como formas de aumentar a geração
de empregos.
Para Luciano
Coutinho, em 1999 se imaginou que a economia e as leis do mercado
iriam apontar um caminho e 'aconteceu o contrário', disse.
O governo, prosseguiu o economista, não fez investimentos
necessários ao crescimento das exportações
e levou o País à crise. 'O Brasil é imuno-deficiente.
Qualquer endemia externa afeta o País'. Coutinho defende
investimentos nas áreas de habitação, turismo,
crédito agrícola e para microempresas e ênfase
no apoio ao setor de serviços. Mercadante afirma que para
se criar vagas é necessário mudar o modelo econômico
brasileiro, por ele identificado como neoliberal. 'De 1994 para
cá este modelo fez a dívida externa saltar de US$
148 bilhões para US$ 236 bilhões, e a interna de R$
61 bilhões para R$ 641 bilhões, a custa, inclusive,
da venda de 76% do patrimônio público por meio das
privatizações', afirmou ele. O economista do PT diz
que para aumentar o emprego é necessária uma política
agressiva de substituição de importações
e investimentos públicos voltados para a área social.
Apesar de pertencer
à posição contrária de Mercadante dentro
do espectro político brasileiro, o deputado Delfim Neto também
defende um esforço concentrado para que o País reduza
a sua necessidade de fazer compras externas. Para ele, o emprego
está diretamente ligado ao crescimento econômico. 'O
Brasil só pode voltar a crescer caso consiga diminuir a fragilidade
de suas dívidas interna e externa', disse. 'Para isso, precisa
obter equilíbrio na balança de transações
correntes, por meio do avanço das exportações
e retração das importações', completou.
Delfim também salientou que o setor de turismo tem grande
potencial para alavancar o crescimento da oferta de empregos.
(Gazeta Mercantil)
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